Contemplado pelo Edital SESC Pulsar 2021, RESIDUAL iniciou a turnê em agosto no SESC Ramos, sob a direção geral da bailarina e coreógrafa Giselda Fernandes, com colaboração artística do performer e artista visual Hilton Berredo.
Depois de dois meses de apresentações, a temporada chega as três últimas apresentações, nos SESCs Madureira (29/09 - 19:00); Friburgo (01/10 - 20:00) e Caxias (08/10 - 15:00), a preços populares: R$ 7,50 (associados Sesc), R$ 15,00 (meia-entrada) e R$ 30,00 (inteira).
Esta nova performance, criada pelo coletivo Objetos em Redes, reúne no palco a coreógrafa Giselda Fernandes e outros oito artistas criadores / performers oriundos de diversas localidades do Rio de Janeiro, para promover a reflexão sobre os efeitos nocivos do plástico no ambiente, e consequentemente em nossos corpos.
Dando continuidade ao consistente trabalho do Coletivo, iniciado em 2019, estes artistas se reúnem, mais uma vez, para uma pesquisa conceitual, que utiliza objetos como parceiros na criação da cena. Em RESIDUAL o conceito objeto-partner, continuará presente neste trabalho que se utiliza de sacos plásticos transparentes residuais do consumo dos lares dos integrantes.
Diferente de outros projetos do Coletivo que foram desenvolvidos para serem transmitidos pela internet, ou para serem realizados ao ar livre - A performance RESIDUAL acontece no palco. Com os recursos de iluminação, ambientação cênica, e trilha sonora criada e executada pelos próprios bailarinos com sacos e capas plásticas, o espetáculo traz o tema “preservação ambiental” com um olhar multisensorial. RESIDUAL faz provocações sobre nossas atitudes de consumo desmedido, exagero, desperdício, acúmulo, sobretudo na utilização e descarte de objetos plásticos em nosso dia a dia.
O projeto se apoia em pensar o cotidiano em suas consequências a longo prazo.
O Coletivo Objetos em Rede
Tudo começou em 2019 com a vontade da artista Giselda Fernandes de dar uma resposta artística às questões ambientais e sociais contemporâneas. Naquele momento Giselda convoca oito performers de diferentes pontos da cidade do Rio de Janeiro para criação de uma videoperformance, que estreou em novembro de 2020. O processo foi realizado de forma remota com encontros virtuais, por conta do isolamento social causado pela pandemia do Covid-19, e isto, transformou a visão dos performers que passaram a desenvolver diversas reflexões sobre essa premente questão.
Reunidos sob a orientação da coreógrafa Giselda Fernandes e do artista plástico e professor universitário Hilton Berredo, o Coletivo Objetos em Redes utiliza objetos plásticos como parceiros (objetos-partners) em suas manifestações performáticas. O resultado pode ser visto como uma forte reação ao atual estado de coisas em que cada pessoa pode se ver transformada em seres plásticos que desequilibram o planeta. Na ocasião, o projeto teve o apoio do Prince Claus Fund e Instituto Goethe.
- Objetos em Redes não reconhece fronteiras entre arte e natureza, entre corpo e objeto, entre cidade formal e informal, entre hoje e amanhã: presencialmente ou on-line nos afetamos e queremos afetar a todos com os desafios de cocriar o mundo das futuras gerações - explica a diretora, Giselda.
Com a criação da Videoperformance, o grupo viabilizou seu encontro presencial através de uma residência artística. Neste encontro em 2021, o coletivo se consolidou e produziu uma Instalação Coreográfica que foi transmitida em LIVES pela página do Centro Coreográfico da Cidade do Rio de Janeiro e gravada para ser transmitida via Sympla. Aprofundando as pesquisas realizadas para a videoperformance - pesquisa que incita as relações corpo-objeto e corpo-meio-ambiente numa composição coletiva a partir de caminhos individuais - nasce o Coletivo Objetos em Rede!
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