Com foco exclusivo para as pessoas dessa faixa etária, a fisioterapia geriátrica – por meio de um estudo minucioso do paciente, identificando e estudando todo o histórico clínico e físico do mesmo – irá desenvolver um plano personalizado para cada tipo de organismo, no intuito de auxiliar as limitações e mudanças ocorridas no corpo dentro do processo natural do envelhecimento.
Alongamentos e exercícios focados na prevenção de dores, artrose e lesões crônicas, além do fortalecimento muscular e equilíbrio, ajudam no bem estar e melhor qualidade de vida, dando mais liberdade para realização de caminhadas e atividades físicas, auxiliando também na diminuição dos casos de quedas e acidentes, que acometem, em muitos casos, quadros clínicos graves na vida do idoso.
A fisioterapia surge então como importante alternativa, utilizando previamente técnicas e exercícios posturais que trarão mais equilíbrio e reconhecimento do próprio corpo.
A ação inevitavelmente colabora também para que o idoso mantenha sua autonomia, realizando tarefas corriqueiras do dia a dia da melhor forma possível, sem se preocupar com qualquer impedimento imposto à idade. Melhorando a parte física e mental e aumentando a expectativa de vida em comparação aos idosos considerados inativos.
Comum para as pessoas dessa faixa etária – em especial nas épocas de outono e inverno – a prática da fisioterapia ajuda também em doenças e complicações cardiovasculares e respiratórias, frequentes para essa população por conta das mudanças imunológicas e funcionais ocorridas com o passar dos anos.
Com a idade avançada, o pulmão se torna menos elástico e a musculatura torácica prejudicada pela dificuldade em distender, perdendo a capacidade de força da respiração profunda. Através de exercícios indicados pelo fisioterapeuta, melhora-se a chegada de oxigênio no corpo, combatendo a dificuldade de respiração.
A prática ainda ajuda na desobstrução de vias aéreas, bem como libera as secreções destas e do pulmão, sendo importante aliado também em doenças cardiovasculares.
É importante ainda salientar que pacientes debilitados, que tenham sofrido AVE (Acidente Vascular Encefálico), por exemplo, encontrem na fisioterapia uma grande saída para recuperar as atividades e coordenação motora, ou, ao menos, reduzir as limitações provocadas.
Por conta dessas e de outras limitações, é fundamental que o profissional entenda e estude individualmente cada caso, trabalhando, de preferência, em conjunto com outros médicos em que o paciente faça acompanhamento, como o geriatra.
Apesar dos problemas oriundos da idade, o fisioterapeuta especialista em geriatria pensará na adoção de práticas que propiciem uma vida com uma menor possibilidade de limitação física ou de dependência cotidiana para realização de qualquer tipo de tarefa.
*Lucia Palma, 56 anos, profissional de marketing e fundadora do Portal Casas de Repouso. Vive a angústia e o prazer de conviver com a minha mãe que está hoje com 91 anos e tem doença de Alzheimer.
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