A pandemia do Covid-19 foi determinante para o aumento desse quadro. Segundo a OPAS (Organização Pan-Americana da Saúde), a pandemia foi responsável pelo aumento observado de 25% nos casos de pessoas que sofrem com algum tipo de transtorno mental, como ansiedade e depressão.
Dados da OMS (Organização Mundial da Saúde) apontam que o Brasil, antes mesmo da pandemia, já se mostrava como o país que apresenta os maiores índices de pessoas com depressão dentro da América Latina.
Os sintomas são associados a cenários em que a pessoa apresenta pensamentos e sentimentos negativos, com a perda de prazer e de autoestima. Podem levar a quadros de isolamento social, insônia, assim como afetar nas tarefas simples do dia a dia, como estudar e trabalhar.
Considerados como doenças multifatoriais, os transtornos mentais podem desencadear uma psicossomatização, ou seja, quando os problemas psicológicos e emocionais passam a ocasionar dores físicas em algumas partes do corpo em decorrência dessa mistura de ansiedade interna.
Nesse sentido, a osteopatia, método de tratamento terapêutico reconhecido pela Organização Mundial da Saúde (OMS) entra como um importante aliado na prevenção e promoção à saúde e para o tratamento da saúde mental.
Com aplicações de técnicas nos músculos, nervos e articulações, o profissional osteopata proporcionará não apenas alívio de dores ao paciente, mas mais importante que isso, promoverá maior equilíbrio do corpo e mente, melhora do sistema nervoso e das tensões musculares, oriundas dos problemas desencadeados pelos elevados níveis de ansiedade.
Como os sintomas de dores e desconfortos podem ter diversas ligações, é aconselhado que o paciente busque ajuda de um psicólogo ou de um psiquiatra para o diagnóstico preciso e tratamento adequado que, em alguns casos, será feito com a administração de medicamentos.
Independente do diagnóstico, a continuidade do tratamento osteopático é sempre vista com bons olhos e o acompanhamento em conjunto pode ajudar na recuperação mental do paciente. Mesmo após a melhora, manter o acompanhamento ajudará a prevenir que o problema reapareça no futuro, criando técnicas que proporcionarão bem estar e melhor qualidade de vida.
*Luis Henrique Zafalon é fisioterapeuta especialista em osteopatia, professor e palestrante.
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