quinta-feira, 26 de agosto de 2021

NINGUÉM canta balanço e verdade no novo vídeo da canção "Menos Que Nada"

 


Cheio de suingue, NINGUÉM é o projeto solo do músico carioca Rafael Oliveira, integrante da banda Orchestra Binária. “Não me interessa outro nome coletivo, nem queria um nome propriamente individual, daí surgiu o nome”, explica Rafael. O projeto tomou forma em 2018, quando os trabalhos da Orchestra esfriaram. “Em termos musicais, tudo gira ao redor de uma trilogia que nomeio por “balanço oculto” e alguns singles entre eles. A música que faço aspira aquela rítmica e pulsação aberta pelo Jorge Ben Jor, mas que atravessa a música feita no Brasil por célebres artistas, bandas, músicos”. O primeiro volume da trilogia Balanço Oculto foi lançado em 2020 em todos os streamings e ganhou destaques na imprensa, como o programa de webrádio do Jorge Lz, o Na Ponta da Agulha que tocou todo o EP, e nos highlights do site inglês Sound And Colours.

“Menos que Nada” é o single que sucede o primeiro EP e mantém a ideia sonora da trilogia e do projeto, foi lançada no último dia do ano de 2020. Uma espécie de descarrego do artista para com o ano pesado que chegava ao fim. “Essa música foi criada num fôlego só. Eu assistia o "2001", icônico filme de Kubrick. Não era a primeira ou segunda vez que o via, mas o terceiro ato do filme veio a ser um gatilho criativo naquele momento: enquanto o Dr. David Bowman vive uma experiência indizível, eu repito uma sequência de três acordes, girando em torno de poucas palavras – pensando agora, a composição pode ser lida como um exercício de solidariedade à agonia do personagem”, explica o artista.

A canção composta por NINGUÉM, conta com Fred Gomes no baixo, Arthur Martins nos teclados e pela busca de uma profundidade jamaicana no balanço, Fernando ChinDub do Trina Estúdio, foi o escolhido pra mixar e masterizar a faixa. “Tudo feito num processo de produção musical que me é comum, que é fundamentalmente baseado em troca de ideia e de arquivos de áudio pela internet”, conta Rafael ao explicar o processo para chegar à canção que foi lançada.

 

O vídeo criado pela Straditerra, do videomaker Pedro Sales e do diretor visual Rômulo Spuri, veio pra fazer a sobreposição criativa entre o filme que deu origem e a canção criada: “recortamos fragmentos de ambos para loopar uma imagética que sugerisse consistência na conexão entre eles”, explica Rômulo. “Gosto de pensar que essas formas, por encarnarem uma ciência que nos permite conceber e conhecer a ideia de medida, refletem metaforicamente o difícil lugar subjetivo que é desejar falar algo e não dominar os melhores recursos para fazer isso”, complementa Rafael.



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