“Gosto muito de ouvir e trocar sobre processos de criação, nas diferentes áreas. Sinto que aprendemos muito nessa troca. Fui muito estimulada a fazer o disco observando processos de outras e outros artistas, e espero o Lunar e essas conversas em torno dele possam nutrir outros processos também”, explica Laura, sobre sua motivação em realizar esse ciclo de encontros. “É uma oportunidade de ver a obra por dentro, não somente para quem é da área, mas para toda pessoa interessada em processos criativos”, completa a artista.
No dia 21 de agosto, a live Lua Cheia vai tratar dos encontros que compõem o disco, com enfoque especial para a presença africana no álbum, que se revela tanto nas participações de artistas do Burkina Faso, Togo e Costa do Marfim, quanto no repertório, que conta com algumas cantigas tradicionais dessa região oeste do continente. Um dos convidados desse dia é o contador de histórias François Moïse Bamba, do Burkina Faso, que também canta em Lunar. Parceiros nas artes há alguns anos, Bamba e Laura vem realizando diversos projetos juntos, entre seus países. Estarão presentes também Patrick Amedegnato e Allassane Sidibé, contadores de história do Togo, que também cantam no disco.
Já Lua Minguante, que vai ser realizada dia 28 de agosto, último encontro do ciclo, abordará os processos de finalização do disco: edição; mixagem e masterização, mostrando um pouco dessas etapas por dentro e o quanto há de criação nelas, com a presença de Eduardo Pinheiro, que fez a mixagem e masterização do álbum; e Alessandra Leão, que faz participação especial em uma das faixas. A live também vai falar da presença da imagem em diálogo com o som, com a presença de Laís Domingues, artista pernambucana que criou o encarte que acompanha o álbum, com obras em fotografia artesanal e bordado; e Flavia Tavares, designer responsável pelo tratamento das imagens e design gráfico do encarte. Nesse encontro, a artista também anunciará os próximos passos previstos para o disco, com inícios de novos ciclos. Um dos futuros projetos é a oficina “Fluxos Criativos”, voltada para pessoas interessadas em trabalhar a criatividade. As lives estão sendo feitas através do canal de YouTube de Laura Tamiana, aos sábados de agosto, sempre às 16h.
Lunar – Uma reconexão através da sabedoria cíclica da vida. Essa é a proposta de Lunar, primeiro álbum musical da artista Laura Tamiana. Composto de 13 faixas, a obra lançada traz composições próprias, além de parcerias e cantigas tradicionais do Brasil e da África do Oeste, onde Laura tem trabalhado nos últimos anos. Lunar já está inteiramente disponível no youtube de Laura Tamiana e também nas principais plataformas de streaming de música.
A obra se constitui no desenho de um padrão do movimento cíclico da vida, começando pela coragem de nascer, com a faixa Iniciação, percorrendo diversas nuances, até findar com a morte necessária para renascer, com a faixa Despedida. “Lunar é um convite a recordar a inteligência cíclica da vida. As canções estão diretamente ligadas a uma investigação pessoal e artística em torno dessa energia cíclica que move tudo o que é vivo, do vazio criativo ao brotar, crescer, dar e colher frutos, processar e morrer para renascer”, explica Laura.
Laura Tamiana - Laura Tamiana (Recife/Brasil) é artista, além de produtora e facilitadora de processos terapêuticos. Cria e desenvolve projetos que envolvem a música, as artes visuais, a palavra, as artes do corpo e as culturas tradicionais, sempre com o propósito de promover o encontro entre pessoas e contextos, a partir de um viés afetivo e de questões em torno de identidade, pertencimento e memória. Tem especialização em Cooperação Artística Internacional pela Universidade Paris VIII, França.
Desde 2007 integra os grupos do Carnaval pernambucano Maracatu de Baque Solto Piaba de Ouro, como baiana puxadora de cordão, e Boi Marinho, compondo o núcleo principal do grupo, como puxadora de cordão, cantora e percussionista. Com o Boi Marinho, realizou diversas apresentações também em centro culturais, festivais e eventos, como o Circuito Sesc de Artes, do SESC SP, e o festival Europalia, na Bélgica.
Unindo pesquisa e criação, audiovisual e cultura popular, realiza desde 2009 o projeto Retrato: substantivo feminino, uma criação coletiva em foto e vídeo envolvendo mulheres ligadas a diferentes manifestações culturais tradicionais no Brasil e também na África, realizado em parceria com Tatiana Devos Gentile. Através de residências artísticas, as mulheres são convidadas a utilizarem as ferramentas audiovisuais para contarem suas histórias e de suas comunidades. O projeto tem um vasto percurso de exposições e intervenções; além da publicação de um livro. Laura Tamiana também é responsável pelos projetos audiovisuais Céu e Terra e História: conta.
Trabalha desde 2017 em parceria com o contador de histórias François Moïse Bamba, uma das maiores referências entre os contadores de histórias da África do Oeste, dividindo a cena com o artista em suas apresentações no Brasil, com uma tradução em forma artística e participações nos cantos. Juntos, criaram Ba-kô Burkina Brasil, uma ponte cultural e artística entre o Brasil e a África do Oeste, pela porta do Burkina Faso, com ações culturais e artísticas nos dois países. Em 2020, Laura juntamente ao artista pernambucano Helder Vasconcelos, representou o Brasil no Festival Internacional dos Patrimônios Imateriais, realizado por Bamba no Burkina Faso. E está selecionada para participar do evento RIAO – encontros da oralidade, no Benin, em novembro de 2021, com intervenções musicais e uma oficina em torno dos processos criativos.
Em parceria com Alba Cabral, cantora e multi-instrumentista residente em Londres, criou As Pareias, um duo de intervenções musicais que se apresentou no festival francês Fidé – Festival Internacional do Cinema Emergente; e participou do show de sua banda Pé de Jurema, em Londres. Participou do CD Sambador de Helder Vasconcelos, gravando vocais. Também junto a Helder Vasconcelos, participa com vozes e percussões de apresentações e bailes de forró em diversos locais desde 2007.
Em dezembro de 2020 iniciou a série audiovisual De canto a canto, com o vídeo “Na voz das Yabás”, em torno dos cantos das mulheres da Nação Xambá, contemplado no edital de emergência do SESC PE.
É facilitadora de encontros em grupo unindo as artes e processos terapêuticos, como Cíclicas – mulheres em roda e Fluxos Criativos, oficina em torno dos processos criativos.
Serviço
Lives do álbum Lunar, de Laura Tamiana
Youtube: https://www.youtube.com/c/LauraTamiana
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