Manchas brancas na boca, feridas que não cicatrizam, sangramento, dificuldade de mastigar ou engolir são alguns dos sinais que podem indicar câncer de boca. A doença é mais comum em homens acima dos 40 anos, sendo o quarto tumor mais frequente, segundo o Instituto Nacional de Câncer (INCA). O levantamento de dados realizado pelo INCA ainda mostrou que estão sendo registrados mais de 15 mil novos casos de câncer de boca a cada ano, sendo a maioria diagnosticados em estágios avançados.
O câncer bucal pode afetar diversas estruturas da boca como lábios, gengiva, bochechas, céu da boca, língua e a região em cima da língua. “Assim como qualquer outro câncer, o câncer de boca é um tumor maligno que se desenvolve de forma silenciosa podendo alcançar camadas mais profundas e ocasionar metástases. O sinal mais comum é o aparecimento de lesões na boca que não cicatrizam em até quinze dias, podendo aumentar de tamanho e sangrar. O surgimento de caroços no pescoço e rouquidão contínua também pode dar indícios da doença que se manifesta com diferentes características, explica Camila Moura, cirurgiã dentista da Due Clinic.
Alguns fatores aumentam o risco do desenvolvimento da doença, como a utilização do cigarro ou outros produtos derivados do tabaco, consumo frequente de bebidas alcoólicas, excesso de gordura corporal, exposição ao sol sem proteção, o que representa risco para câncer de lábios, fatores ligados à exposição ocupacional, predisposição por fator genético e a contaminação pelo papilomavírus humano (HPV) relacionada ao câncer de orofaringe. Além disso, a higiene bucal feita de forma incorreta também pode contribuir com o aparecimento da doença.
O diagnóstico do câncer de boca inicia durante as consultas de rotina no dentista, identificando as alterações que podem servir como sinais. Após a suspeita, é realizada uma avaliação mais detalhada com uma equipe multidisciplinar e com o apoio de exames de imagem, laboratoriais e biópsia. O tratamento da doença pode ser feito com cirurgia para retirada do tumor, radioterapia ou quimioterapia, sendo escolhida a melhor técnica pela equipe médica de acordo com cada caso, buscando sempre o bem estar do paciente.
“É muito importante criar bons hábitos de higiene oral desde a infância como realizar a escovação corretamente após todas as refeições, fazer o uso do fio dental regularmente e manter as consultas de rotina ao dentista a cada seis meses. O cirurgião dentista exerce um papel fundamental na prevenção do câncer de boca, pois, ao realizar uma inspeção mais atenciosa da boca, pode identificar as lesões cancerígenas de forma precoce, o que é essencial para o sucesso do tratamento”, alerta a especialista.
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