sexta-feira, 16 de dezembro de 2022

Verão marca chegada da melhor época do ano para tratar infiltrações em casas e apartamentos



A chegada do verão no hemisfério sul traz os meses mais quentes do ano e com menor incidência de chuvas, principalmente na região Nordeste do Brasil. É também neste período que os estragos causados pelas infiltrações nas casas e apartamentos durante a época mais chuvosa se tornam mais fáceis de serem tratados, evitando novos transtornos no próximo inverno.

Segundo a engenheira civil Rosana Mergulhão, professora e coordenadora do curso de Engenharia Civil da Estácio João Pessoa, as infiltrações são causadas por vazamentos hidráulicos em diferentes estruturas ou proveniente de chuvas e água acumulada. “A umidade gerada pelas infiltrações não afeta somente a aparência das superfícies de um imóvel. Em casos mais avançados, pode ocasionar a perda da pintura, o aparecimento de mofo e fungos e, até mesmo, a queda de rebocos e acidentes estruturais”, explica.

E os transtornos vão muito além da questão estética ou de estrutura. Os esporos produzidos pelo mofo e que pairam pelo ar podem impactar na saúde dos moradores, criando quadros alérgicos e de rinite, agravar a asma, causar tosse seca, dores de cabeça e transmitir bactérias que levam a infecções. “Além disso, se a água proveniente da infiltração atingir a parte elétrica, pode ocasionar um curto-circuito, colocando vidas em risco. Então, é importante ficar atento à existência do problema e buscar solucioná-lo de forma definitiva”, completa.

De acordo com a engenheira, é preciso prestar atenção aos sinais de que há algum problema estrutural na construção. “Manchas podem surgir no teto ou nas paredes do imóvel indicando que há alguma entrada de água. Goteiras podem indicar vazamentos na laje. Rachaduras também podem ser um sinal de que alguma coisa está errada”, afirma.

Segundo a docente da Estácio João Pessoa, o verão é a estação ideal para realizar as manutenções nos imóveis e corrigir qualquer falha que abra caminho para as infiltrações, evitando desgastes futuros. “Este período permite que as atividades de manutenção e impermeabilização sejam mais eficientes, por causa das temperaturas mais altas. A incidência menor de chuvas neste período também facilita, principalmente quando a origem do problema está na parte externa do imóvel, já que a impermeabilização, por exemplo, precisa ser aplicada em ambiente livre de umidade e leva alguns dias para secar totalmente”, adiciona.

E a engenheira faz outro alerta: edificações localizadas em regiões tropicais, como é o caso da Paraíba, exigem ainda mais cuidado. Isso porque, quanto maior for a umidade do ar, mais propício será o ambiente para o desenvolvimento de fungos. Por isso, o cuidado deve ser maior na projeção, impermeabilização e manutenção dos elementos da construção situada nessas áreas.

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