No Novo Ensino Médio, os estudantes passaram a ter uma aprendizagem focada na formação de cidadãos e no desenvolvimento de competências e habilidades, com disciplinas integradas em quatro áreas do conhecimento. Além disso, tiveram que dedicar mais horas ao ensino escolar: as 4 horas passaram para, no mínimo, 5 horas. Uma outra mudança é que os alunos passaram a cumprir os chamados itinerários formativos, compostos por cinco áreas, funcionando como uma disciplina extra para que o aluno se aprofunde em uma das áreas ou na formação técnica e profissional.
Para a superintendente do SESI-PE, Cláudia Cartaxo, apesar dos desafios do pioneirismo, ser a primeira turma do Novo Ensino Médio de Pernambuco confere à instituição uma expertise importante, principalmente, para o desempenho dos estudantes. “Ao implementar esse novo formato antes de todas as escolas pernambucanas, nós já sabemos onde acertamos, o que podemos melhorar e conseguimos enxergar qual é a melhor forma de planejamento e de organização”, afirma, complementando que a experiência do SESI tem ajudado a fortalecer o projeto do Novo Ensino Médio em Pernambuco. “Muitas escolas nos procuraram para que a gente pudesse compartilhar nossa experiência”.
Com essa expertise, ela avalia, o SESI-PE conseguirá preparar melhor os estudantes, uma vez que os professores já vêm se preparando desde 2020. “Já temos um professor experiente. Então, o aluno que entra agora em 2022 já tem uma escola e um professor muito mais bem preparados para o que ele vai enfrentar lá na frente, e não estar somente preparado para o ENEM, mas para a vida”, pontua Cartaxo.
Ragny Bonfim, de 18 anos, foi um dos alunos da primeira turma concluinte do Novo Ensino Médio de Pernambuco e conta que a experiência de ter sido pioneiro foi enriquecedora. “Eu pude aprender muito mais do que os livros ensinam porque a gente aprende de forma prática. No SESI, somos estimulados a nos formar enquanto cidadãos e não apenas como alunos que precisam passar em uma prova. Quando comparo com colegas que fizeram o ensino médio regular nos últimos três anos, vejo que, aqui no SESI, tivemos uma busca por autoconhecimento e desenvolvimento pessoal muito maior e isso faz com que a gente saia da escola muito mais preparado para a vida”, avalia.
Ao longo dos três anos nesse novo formato de ensino, Ragny se dedicou à parte técnica, no curso de Eletrotécnica, realizado em parceria com o SENAI-PE. Para ele, a experiência oferece ao estudante a possibilidade de ingressar no mercado de trabalho mais facilmente após o fim do Ensino Médio. “O ensino técnico, em geral, permite que o aluno já saia direcionado para, pelo menos, um setor do mercado de trabalho, mesmo que depois ele não queira seguir adiante na área”.
Fotos: Lucas Alencar/Sistema FIEPE
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