Fruto de uma demanda histórica do Instituto do Vinho do Vale do São Francisco (Vinhovasf), em parceria com a Associação dos Produtores e Exportadores de Hortigranjeiros e Derivados do Vale do São Francisco (Valexport), Embrapa Semiárido e a Embrapa Uva e Vinho, a Indicação (IG) obedece aos mesmos requisitos utilizados pela União Europeia e abrange os municípios de Lagoa Grande, Petrolina e Santa Maria da Boa Vista, em Pernambuco; e Casa Nova e Curaçá, na Bahia.
O trabalho de caracterização da região, necessário para enquadrar o cultivo e produção de vinho como uma IG – envolveu mais de 40 profissionais entre pesquisadores, professores, técnicos e estudantes. Eles trabalharam em conjunto para entender o funcionamento da vitivinicultura na região tropical e no aprimoramento da produção e qualidade dos vinhos.
Um dos pioneiros na luta por essa conquista, o presidente do Vinhovasf e da Valexport, José Gualberto de Almeida, ressaltou que a utilização do selo da IG nos produtos do Vale, além de representar um reconhecimento nacional e internacional, vai estabelecer um novo tempo para a única região no mundo a produzir três colheitas por ano e a elaborar vinhos de janeiro a dezembro. "Um vinho jovem, leve, frutado e aromático feito com sol, aroma e alegria para beber todos os dias", ressaltou.
Gualberto acrescentou ainda, que os trabalhos em busca de um vinho original começaram em 2002, após a conquista da IG pelo Vale dos Vinhedos do Rio Grande do Sul. "Mas o Polo Vitivinícola do Vale do São Francisco, começou bem antes, no início da década de 1970, a partir do trabalho pioneiro de produtores como Franco Pérsico, Mamoro Yamamoto e Molina", lembrou. "Agora, temos uma ferramenta para reforçar a qualidade do produto local e incentivar seu consumo, o que pode aumentar a produção e os investimentos no Vale do São do Francisco", comemorou.
O Vale do São Francisco apresenta altitude de 400 metros, clima semiárido, solos ricos em minerais e pobres de matéria orgânica, 3.100 horas de sol ao ano e ausência de inverno e irrigação controlada com a água do Rio São Francisco. A região produz anualmente 7 milhões de litros de vinhos finos que conquistam novos mercados no Brasil e no exterior, além de premiações em concursos nacionais e internacionais a exemplo da Grande Prova Vinhos do Brasil e do Concurso Mundial de Bruxelas.
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