A abertura do evento, contará com conversa performática com Dom Filó - CEO da Cultne, discutindo sobre a presença e a permanência negra na história do país em 40 anos de imagens preservadas e difundidas pela plataforma. Nesta quarta-feira, a partir das 19h. Dando seguimento aos festival, no dia 24/11, a partir das 10h30, a mesa Expansões e Futuridades recebe Grace Passô, Janaína Oliveira e Tatiana Carvalho Costa, para um papo sobre como o cinema e o audiovisual, com suas interseções, ajuda a elaborar experiências negras.
O Projeto é uma parceria com Cultne (Sediada no Rio de
Janeiro, trabalha desde 1980 no registro da memória e fomento da cultura do
povo negro. Atualmente é o maior acervo audiovisual de cultura negra da América
Latina. Deste movimento estruturado por pessoas afro-brasileiras, nasceu a TV,
o Instituto, a Rede de Educação, a Editora, a Produtora Audiovisual e a
parceria com o Google Arts and Culture) e Apan - APAN (Considerado o Quilombo
do Cinema Negro brasileiro e tem como missão consolidar nos mais distintos
campos do audiovisual a presença de pessoas negras de maneira a promover nossas
narrativas, transformar a percepção da sociedade com relação a negritude,
combater o racismo estrutural e referenciar possibilidades de construção
coletiva, dentre pessoas negras, nas políticas públicas e no mundo do
trabalho), com o propósito de manter e resgatar a memória e o futuro do cinema
e do audiovisual negros no Brasil
Filó Filho, leia-se Dom Diló, é o idealizador e diretor do acervo que também é
uma TV digital Cultne, detém uma quantidade significativa de cultura negra da
América Latina. Dom Filó é tutor de momentos importantes da história do povo
negro brasileiro, como a Conferência de Durban, em 2001. Sem falar nos inúmeros
depoimentos e entrevistas de pensadores negros como Lélia González, Ivanir dos
Santos, Abdias do Nascimento, entre outros.
Para Filó, o festival é mais que significativo - “É um
encontro da minha geração com a geração de jovens profissionais do audiovisual
negro, e todos nós buscamos o letramento audiovisual, que eu fui buscar dentro
da memória pública e hoje é construída de formas muito mais diversas.. Então,
isso é muito importante, estar trocando conhecimento e perspectivas das formas
de fazer e pensar o audiovisual negro, porque é firmar um momento de
transformação da linguagem e do cinema brasileiro operado pelo nosso
protagonismo”, declarou o mestre que realizou recentemente a 3º edição do
Festival Ori, que tinha como mote aproximar e integrar a audiência de todas as
idades e classes sociais à pluralidade cultural afro-brasileira, ocupando e
integrando os territórios do Rio de Janeiro nos ambientes virtual e presencial.
Uma realização do Instituto Cultne, que ganhou apoio do SESC, Fundição
Progresso e Prefeitura da Cidade do Rio de Janeiro.
O Fianb - A programação acontecerá nos espaços: Frei Caneca,
Centro Cultural São Paulo e Ibira Laqb Cine. De 23 e 27 de novembro, em São
Paulo.
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