Seus sintomas podem ser confundidos com os sinais manifestados em quadros de pessoas que apresentam ansiedade e depressão, não à toa o Ministério da Saúde do Brasil diz que o burnout “pode resultar em estado de depressão profunda”.
Além de trazer alterações de humor, tristeza, insônia, palpitações e coração acelerado, o esgotamento mental que a síndrome proporciona ocasiona a baixa capacidade e produtividade para as tarefas diárias das atividades exercidas pelo profissional, que em muitos casos levam a um afastamento até a pronta reabilitação do funcionário.
Ao longo da pandemia do Covid-19 tivemos um aumento considerado expressivo no número de afastamentos resultantes de sobrecarga mental no trabalho, que geram custos e prejuízos financeiros para as corporações. Portanto, é essencial que empresas ampliem seu olhar e adotem práticas para a promoção de saúde a seus colaboradores.
Quanto antes o paciente procurar ajuda para o enfrentamento da doença, menores são as chances de desenvolver problemas mais graves. Assim como na depressão e em outras doenças que envolvem o esgotamento mental, o tratamento envolve o apoio e acompanhamento psicológico e psiquiátrico, com a possibilidade do uso de medicamentos a depender de cada caso.
Seguir a correta orientação dos profissionais ajudará o paciente a criar de maneira própria ferramentas que possam aliviar o estresse e a carga de pressão no desempenho que o trabalho exige.
Em média, o tratamento dura até três meses, mas pode estender-se por mais tempo a depender da evolução ou rotina que o profissional realiza. Separar um tempo no dia ou na semana para lazer e descanso, reorganizar tarefas e funções do trabalho, bem como a iniciação à prática de atividades físicas ou um período de férias, são algumas possibilidades que podem ajudar na rápida recuperação no quadro de esgotamento psicológico.
Mesmo com a melhora,é aconselhável o prosseguimento no tratamento até a liberação vinda do psicólogo ou psiquiatra, a fim de evitar uma piora nos sintomas em um futuro breve.
Negligenciar o tratamento nunca será a melhor opção. Prevenir e seguir as recomendações de seus médicos serão sempre a melhor medida para evitar que o Burnout se faça presente em nossas vidas.
*Saulo Barbosa é médico psiquiatra formado na Universidade Federal do Rio de Janeiro com residência médica em psiquiatria pelo IPUB-RJ. Atende pacientes presencialmente em Minas Gerais, e on-line em todo Brasil e exterior.
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