De acordo com a psicóloga e professora dos cursos de gestão da Estácio, Juliana Santiago, um erro muito comum relacionado à elaboração do currículo é escrever o objetivo de forma muito generalista, citando, por exemplo, que o profissional está à disposição da empresa para desenvolver as próprias competências. “Incluir esse tipo de informação de forma ampla é errado, pois indica que o candidato não tem foco. O objetivo do currículo não é a descrição das qualidades profissionais, mas o cargo que a pessoa deseja alcançar naquela empresa”, ressaltou.
Já outro equívoco cometido pelos profissionais inexperientes é preparar o mesmo currículo para todos os tipos de cargos e todas as empresas. “Se você está buscando uma boa oportunidade é importante fazer um currículo específico adaptado para cada cargo ou área de atuação, como, por exemplo, para auxiliar administrativo, vendedor e operador de marketing. É bem trabalhoso, mas é importante para garantir sucesso no processo seletivo”, explicou a especialista.
A docente da Estácio também aponta outro erro comum das pessoas que já possuem uma longa trajetória profissional que é incluir no currículo as experiências que não possuem conexão com a vaga de trabalho almejada. “Se o candidato deseja trabalhar em um escritório de advocacia, mas já tem experiência na área de saúde isso não agrega valor para a futura vaga de trabalho que ele pretende ocupar. Neste caso, a história da vida profissional será mais detalhada e investigada durante a entrevista com o recrutador”, explicou.
Para garantir um currículo de sucesso, a professora destaca que a falta de experiência profissional pode ser substituída pela qualificação técnica, com a citação de cursos, com certificados, e palestras com carga horária superior a 20 horas. Além disso, é possível mencionar as principais competências comportamentais para que o empregador conheça o candidato.
Também é importante que o currículo seja conciso com o resumo das experiências profissionais, sem o excesso de informações pessoais. “Outra recomendação importante é desenvolver autoconhecimento suficiente para identificar as suas competências e descrever a sua formação profissional. Essa falta de conhecimento interfere no resultado das descrições das experiências profissionais anteriores e o candidato não consegue falar sobre as suas conquistas na última empresa em que trabalhou”, destacou a docente da Estácio.
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