quinta-feira, 9 de setembro de 2021

29 de setembro, o Dia Mundial do Coração



As doenças cardiovasculares representam, infelizmente, a principal causa de mortalidade no Brasil e no mundo. Estas incluem as doenças do coração e de todos os vasos sanguíneos do corpo.

De acordo com a Sociedade Brasileira de Cardiologia, a doença cardiovascular no Brasil gera uma morte a cada 90 segundos, mata o dobro que todos os tipos de câncer juntos e 6,5 vezes mais que todas as infecções no país, o que engloba as infecções pelo vírus HIV.

O infarto agudo do miocárdio e o acidente vascular encefálico são, entretanto, grandes vilões entre estas estatísticas e compartilham múltiplos fatores de risco em comum, como hipertensão arterial, colesterol alto, obesidade/sobrepeso, tabagismo, diabetes, sedentarismo, depressão/ansiedade... entre outros.

“Logicamente, o cuidado com a saúde deve começar desde a infância e adolescência, uma vez que nestas fases da vida podem surgir lesões precursoras das “placas de gordura” nas artérias, ou seja, aterosclerose na fase adulta, o que aumenta muito o risco para eventos cardiovasculares, como o próprio infarto agudo do miocárdio”, explica Dr. Vitor Loures, cardiologista. Altas taxas de sedentarismo entre os jovens, associado a uma alimentação de baixa qualidade nutricional - rica em carboidratos e gorduras ruins - aumentam exponencialmente a incidência de fatores de risco, a exemplo da obesidade, assim como o tempo de exposição ao longo da vida.

O principal foco de atuação deve ser o controle rígido e tratamento de todos os fatores de risco, associado a um estilo de vida realmente saudável, que contemple boa dieta, atividade física, sono de qualidade, controle do peso e dos fatores psicossociais.

As pessoas com histórico de doença precoce familiar nas artérias do coração, como o infarto em parentes de primeiro grau e idade inferior a 55 anos em homens ou 65 anos nas mulheres, devem ser acompanhadas desde jovens por profissionais médicos e manter um controle estrito para qualquer fator ameaçador.

“A sociedade necessita, portanto, se conscientizar da importância destas patologias e, assim, buscar orientação e conhecimento nos temas propostos. Os canais abertos de educação em saúde – mídias diversas, redes sociais - podem contribuir de forma muito positiva nesta “alfabetização em saúde”, conclui o cardiologista.

Sobre o Dr. Vitor Loures

Graduado em medicina pela Universidade Federal de Juiz de Fora (2002 - 2008), Vitor Loures possui residência em Clínica Médica pela Faculdade de Medicina do ABC-SP, especialização em Cardiologia no Instituto do Coração - INCOR/FMUSP e em Cardiologia Intervencionista pelo Instituto Dante Pazzanese de Cardiologia – IDPC/SP. Atualmente é doutorando em ciências médicas pela USP-IDPC e ministra o curso online “Coração de Aço” voltado para aqueles com doenças cardiovasculares e fatores de risco.

Fonte:

Dr. Vitor Loures, cardiologista.

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