Com a certeza de que a arte é um pilar essencial da humanidade, Luciano Ciranda vem colaborando com a pesquisa, criação e produção da cultura popular brasileira há quatro décadas, tendo como base a ética, a paz e a alegria, através das diversas linguagens, calçada na dança e na música. Com esse propósito, viajou e atuou em muitos cantos do Brasil e da Europa. Diretamente da Alemanha, onde se encontra com a família, ele falará sobre sua trajetória e apresentará sua obra autoral.
Luciano Ciranda nasceu em 1971 ao toque dos tambores do Recife. Aos 10 anos, já dançava no Balé Popular do Recife, grupo Brincantes e Companhia Aruanda, participando de festivais e apresentações. Em 1995, viajou para o Rio de Janeiro para estudar na famosa escola de dança de Jaime Arôxa e pesquisar dança, corpo e gestos da cultura brasileira. Paralelamente, ministrou aulas e realizou performances durante cinco anos até se transferir, em 2000, para Paraty, onde viveu por oito anos promovendo vários projetos sociais.
Gravou seu primeiro álbum de música com a banda “Meio da Mata”, em 2003. No mesmo ano, realizou o 1° Encontro de Música Contemporânea e Poesia Moderna, na Casa da Cultura de Paraty, com os grupos Ciranda Elétrica e Maracatu Palmeira Imperial. Foi um dos principais fundadores do “Maracatu Palmeira Imperial”, em 2008. Em 2009, foi para Curitiba para se especializar na Escola Portátil de Choro, realizou oficinas, cursos, simpósios, o primeiro Festival Autoral da Música Independente (FAMI) e participou do projeto “Griot”. No mesmo ano, mudou-se para Viena, na Áustria, onde, durante três anos, trabalhou e criou concertos de música, poesia, experimentações e improvisos na arte brasileira, desenvolvendo seu espetáculo solo “Mundo Global”. Ainda neste período, lançou dois livros de poesia: “O quê que tu tem Zé?” e “Cafés Poemas”. Produziu dois Festivais da Música Contemporânea e Poesia Moderna, intitulados “Festival da Música Autoral Brasileira em Viena”. Estes festivais tiveram grande sucesso e se mostraram importantes para o intercâmbio cultural entre Brasil e Áustria. Em 2012, mudou-se para Alemanha, onde montou um atelier para a fabricação de instrumentos e pandeiros e atuou como professor de música e dança.
Em sua vivência na Europa, produziu concertos de artistas brasileiros, como Naná Vasconcelos, Dino Rangel, Mazinho Ventura, Alegre Correa, Ângelo Silva e Projeto Preto Velho. Difundiu seu trabalho em concertos e oficinas também na Sérvia, Croácia, França e Espanha. Voltou para Paraty em 2013, construindo o espaço de hospedagem e de cultura “Casa Tambor”, elaborando seu novo álbum de música e seu ensaio poético “Almas Sublimáticas”. Em 2016, formou o projeto autoral “Ciranda Orgânica”. Em 2018, lançou seu álbum "Mar" e, em 2019, o "Ciranda Contemporânea". O seu trabalho mais recente é “Desafogo”, primeiro álbum solo, totalmente autoral, produzido por Fábio Negroni durante a pandemia.
Sarau em Casa
O Sarau em Casa Com Vida realiza lives semanais, sempre às terças-feiras, com o propósito de abrir espaço para a diversidade e riqueza das manifestações artísticas, além abordar temas relevantes para a cultura. É a versão online do Sarau Com Vida, evento por onde já passaram mais de 150 artistas, de nomes de peso da música brasileira, como Jane Duboc, Carlos Dafé, Azymuth, Gerson King Combo, Kiko Continentino, Renato Piau, Zé Alexandre, Carlos Malta e Reppolho, à nova geração, como Abufela, Beraderos, Soul Guanabara, Luciane Dom, Chelle, Muato, Nana Kozak e Lílian Bonard.
Ao longo da transmissão, o público poderá participar com perguntas e comentários. Para assistir, acesse www.facebook.com/casacomamusica
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