Aureliano já tem familiaridade com a temática. Em 2017, ele produziu uma série de quadrinhos em torno do Setembro Amarelo de maneira independente e ainda disponibilizou o material de conscientização gratuitamente. Dessa vez, o material também está sendo todo produzido por ele, com suporte da equipe de Psicologia do Luto da empresa.
"A ideia foi convidar Aureliano para expressar visualmente pensamentos e ideias sobre o tema para o público em geral, e ainda valorizar um artista potiguar, que tão bem traduz as mensagens que queríamos compartilhar. Buscamos tornar esse diálogo proposto pela campanha do Setembro Amarelo em algo mais lúdico e leve através das ilustrações, abrindo possibilidades concretas de percepção de sentimentos e convidando para a conversa, tão necessária nos dias de hoje e sempre", detalhou a gerente de marketing do Grupo Morada, Eliza Fonseca.
O mossoroense de 32 anos é jornalista (ex-editor da editora Tribo), ilustrador, quadrinista e escritor. Ele escreveu e ilustrou o romance "Madame Xanadu" e os zines de quadrinhos "Elevador, Sobrepeso e Conexão", além de desenvolver capas e ilustrações para diferentes publicações. Em seus quadrinhos autobiográficos, o artista retrata a si mesmo sempre desnudo.
Acerca de sua trajetória nas artes visuais, ele conta que foi motivada pela busca pela autocompreensão. "Quando comecei a desenhar, foi um momento em que eu queria entender como eu era. Foi como se conforme fosse criando, ia entendendo melhor quem eu era e junto com isso, fui construindo a pessoa que eu queria ser", diz.
O artista conta que ficou muito feliz ao receber o convite para participar do projeto do Morada da Paz. Aureliano considera muito positivo o favorecimento de diálogos sobre o tema do Setembro Amarelo. "O tema é muito importante e por muito tempo a gente não falou sobre. Fiquei muito feliz com o convite para fazer as ilustrações e fiquei pensando que mensagem eu poderia deixar para as pessoas que talvez estivessem precisando ler naquele momento. Foi olhar para o outro e dizer 'eu me importo com você'", completa.
Aureliano enxerga na expressão de sentimentos que suas ilustrações retratam a oportunidade de abrir espaço para que as pessoas se sintam mais à vontade para poder abordar suas tristezas. "Acredito que quanto a mais a gente consegue falar sobre tudo isso, a gente consegue ver que tem um amanhã, que tem uma saída para nossas questões e problemas", conclui.
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