ArkThur/Divulgação
A faixa, já disponível em todas as plataformas de streaming, carrega elementos de rap, trap e lo-fi, repleta de viradas de beat, samples e baixo pulsante que potencializa a experiência de escuta e dimensão sensorial da obra, centraliza a narrativa do disco e ecoa o encontro entre passado presente e futuro: “É sobre entender que passado, presente e futuro se relacionam. Estamos aqui para curar um passado, construir e idealizar os futuros que queremos”, conta Arkthur.
O conceito da não-linearidade do tempo, também presente na obra, conecta as dez faixas do álbum, buscando inspiração em referências como Sun Ra na música e Octavia Butler na literatura: “Tudo o que você toca, você muda. E tudo o que você muda, muda você. A única verdade perene é a mudança, Deus é mudança”, afirma, citando as ideias contidas nas letras e sonoridades do projeto.
“O povo preto sempre construiu coisas preciosíssimas. Hoje, estamos falando sobre colonizar outros planetas com a nossa perspectiva. Não sonhamos mais só com o direito de existir, queremos o direito de sonhar infinitamente — em outras estrelas, outras dimensões”, destaca Arkthur.
Apesar de um trabalho independente, engana-se quem pensa que o cantor criou sozinho todo este “multiverso” de sonhos e ideais afrocentrados somente embasado pelas obras de Sun Ra e Octavia Butler: “tudo faz mais sentido no coletivo. Convidei amigos, artistas pretos e pardos, cada um ampliando a perspectiva do que pode ser esse futuro, com base em suas experiencias, sonhos e expectativas”, revela o artista.
O projeto conta com participações especiais vindas de diversas áreas do país, como de Alahrin e Kimera – ambos de Curitiba, Ruth Clark de Belém do Pará e Quixote, da capital paulista. Além do apoio da PUCPR – Pontifícia Universidade Católica do Paraná e recursos do Programa de Apoio e Incentivo à Cultura, da Fundação Cultural de Curitiba, em parceria com a Prefeitura Municipal, Ministério da Cultura e Governo Federal.
O clipe contou com a direção de Celine Liris, enquanto Arkthur assina a Co-direção, trazendo a sensibilidade adquirida pelas artes cênicas. A coordenação do projeto ainda ficou a cargo de Rebeca Forbeck, direção de fotografia por Robson de Paula, direção de produção por Welton do Amaral, enquanto a direção de arte é assinada por Nathalia Oliveira. Já a produção e preparação do elenco foi feita por Loara Gonçalves, coreografia de FlaPê, caracterização e maquiagem e figurino de Day Padilha. No canal do Arkthur no YouTube, ainda está disponível uma versão em libras e um making of.
O artista ainda lançará em breve o clipe de “Cobrador”, outra faixa que estará presente em “Tecnologia da Alma” e que conta com a participação de Alahrin.
Sobre ArkThur
Arkthur é ator, diretor, professor de Teatro e, atualmente, artista solo na música. Bacharel em Teatro pela PUCPR. Ele foi premiado como melhor ator na Mostra Poéticas Cênicas, em Curitiba, pelo trabalho “A memória é uma ilha de edição”. Com uma carreira versátil, Arthur também atua no Cinema e na Moda. Durante sua passagem pelo grupo Imperador Sem Teto, adquiriu ampla experiência em shows, o que agora impulsiona sua nova trajetória musical. Após várias conquistas na atuação, Arkthur projeta-se como um nome promissor na música, trazendo sua bagagem artística para essa nova fase. Arkthur aposta no afrofuturismo em suas composições, sonoridades e visualidades, tendo como principais referências Sun Ra e Octávia Butler.
Teasers: https://drive.google.com/drive/folders/14NiQ1fSe8T38xi6Xvup1OT2N8rT6cnvt?usp=drive_link
Letra – Tecnologia da Alma:
Composição: Arthur Augustos (Arkthur) / Produção Gabriel Muller Souza
Vez ou outra meu corpo me dá sinais do infinito em mim
Instantes de presença absoluta
Em que eu me entendia
me sentia parte do todo
Podia perceber meu campo energético
minha extensão e conexão com o multiverso
Eu sou o todo
e o todo está em mim
Ir a qualquer lugar, acessar outras dimensões
Deixa de ser uma longa viagem de milhares de anos luz e se torna conexão instantânea no
aqui e no agora
Eu sou o todo e o todo está em mim
Vez ou outra meu corpo me dá sinais do infinito em mim
Pixei São Jorge na lua e espalhei arte por cada planeta e estrela
Só assim foi possível reconstruir a história dessa dimensão
Mundos novos empáticos
de valores intrínsecos
Interligados no multiverso
No coletivo a unidade se compreende
se completa
complementa
compõe
Quem sou em tudo isso?
O que sou eu sem tudo isso?
O que seria de mim sem todos esses?
O que seria de mim sem meu olhar?
O que seria de mim sem mim?
Minerei meu ser na busca de um tesouro interno
Precisei meu valor mediante esse mundo ou esse tecido espaço-tempo
Os lotes em outras
dimensões começariam a ser distribuídos e eu queria construir as favelas do espaço
Um lugar nosso
aos nossos moldes e que nossa riqueza fosse nós mesmos
Encontrei ouro e pedras preciosas cada vez que dividi o pão ou tirei o moletom e fortaleci
quem tava com frio e chapado por essa realidade assassina amortizante que te esmaga em
parcelas
De repente num instante talvez sejam dias, meses preferi não contar e me perder em mim
Mas achei
achei luz
brilhou
Transmutou
E de repente o que eu tocava eu amava, transformava, partilhava
Mais vida sendo gerada
Instigada
Transformada
Confirmada
Eu me estendia por sobre o tecido da realidade
Numa qualidade de luz
e graça
Mais vida sendo gerada
Uma irradiação
para todos os lados
O que saía de mim
O que brotava
Vertia luz, amor e mudança
Deus é mudança
Ficha Técnica – Tecnologia da Alma (clipe):
PRODUÇÃO
Composição musical e roteiro - Arkthur
Direção - Celine Liris
Co-direção - Arkthur
Assistência de Direção - Pedro H. Machado
Coordenação do Projeto - Rebeca Forbeck
Direção de Fotografia - Robson de Paula
Operação de Câmera - Robson de Paula
Assistência de Fotografia - Mard -
Direção de Produção - Welton do Amaral
Produção - Anna Paula Vendramin
Assistência de Produção - Ana Maria Krack
Produção e Preparação de Elenco - Loara Gonçalves
Assistência de Preparação de Elenco - Isabela Godoi
Coreografia - FlaPê
Direção de Arte - Nathalia Oliveira
1º Assistência de Arte - Larissa Monteiro
2º Assistência de Arte - Duda Cunha
Still e Making Of - Florebela Leticia
Caracterização/Figurino/Maquiagem - Day Padilha
Figurino da Britney no presente – Olívia Maciel
Social Mídia - Cicatrjz, Isabella Machado Nunes e Sisie Soares
Marketing Digital - Sisie Soares
Design gráfico - Keyla Queiroz
ATUAÇÃO
Arkthur
Joaquim (entregador) por Silvester Neto
Kerul (pixador) por Bruno dos Anjos
Britney (mulher salvadora) por Majo Farias
Tomas (andarilho) por Ronald Pinheiro
Assaltante por Robson Sesso
Interprete de Libras por Nathan Sales
EDIÇÃO
Montagem, colorização, edição e finalização - Robson de Paula
Animação - Otávio Terci
Produção musical e Captação Direta - Quintal Produções
Edição musical, Mixagem e Masterização - Gabriel Muller
FIGURAÇÃO
Ayesla Fabian
Juan Bandeira
Lia Santos
Will Amaral
Cicatrjz
Nill
APOIOS
PUCPR – Pontifícia Universidade Católica do Paraná
Basement Cultural
PROJETO REALIZADO COM RECURSOS DO PROGRAMA DE APOIO E INCENTIVO À CULTURA – FUNDAÇÃO CULTURAL DE CURITIBA, PREFEITURA MUNICIPAL DE CURITIBA, MINISTÉRIO DA CULTURA E GOVERNO FEDERAL.
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