O glaucoma é uma doença silenciosa apontada pela Organização Mundial da Saúde (OMS) como a segunda maior causa de cegueira no mundo e está ligada ao aumento da pressão intraocular. “A doença é uma condição ocular degenerativa que acomete o nervo óptico, estrutura responsável por levar a imagem captada pelos olhos até o cérebro. Quando a pressão intraocular apresenta níveis mais elevados, ao longo dos anos,acaba danificando o nervo óptico e causando o comprometimento do campo visual”, explica o oftalmologista Paulo Saunders, do Oftalmax.
O tratamento convencional do glaucoma é feito através do uso de colírios e medicamentos diários. Embora a doença não tenha cura, ela pode ser controlada com o tratamento adequado e contínuo, evitando assim, o risco de cegueira irreversível. “A maioria dos casos, pode ser tratado com colírios, mas existem tratamentos mais avançados e eficazes, como o laser SLT, que tem o poder de diminuir em até 30% a pressão intraocular. Em outros casos, é necessário passar por procedimentos cirúrgicos”, afirma o especialista.
A doença pode acometer crianças, jovens, adultos e idosos, e aparece de forma mais frequente em pessoas que possuem histórico familiar de glaucoma, indivíduos com pressão ocular alta, lesões oculares traumáticas,hipermetropia,enxaqueca, diabetes e hipertensão. Por ser uma doença assintomática nas fases iniciais, seus sintomas se manifestam quando o paciente já apresenta danos irreversíveis no nervo óptico, sendo os principais sintomas visão turva e embaçada, manchas escuras e perda da visão periférica. Também é comum sintomas como olhos vermelhos e lacrimejantes, sensibilidade à luz, dor nos olhos e dor de cabeça.
“O glaucoma pode se desenvolver durante meses ou até mesmo anos sem apresentar nenhum sintoma. Por isso, é indispensável uma consulta anual com o médico oftalmologista para que seja possível realizar o diagnóstico precoce e o tratamento adequado. Manter um olhar mais atento à sua visão é fundamental para preservar a saúde ocular no futuro”, destaca Paulo Saunders.
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