Os números revelam um resultado pior do que o verificado em 2020. No ano passado, 22% dos entrevistados disseram ter recebido o pagamento, o que significa uma queda de 7% na quantidade de paraibanos que vão receber o 13º salário.
A pesquisa foi realizada entre os dias 10 e 28 de outubro em todas as mesorregiões da Paraíba. No total, foram ouvidas 1200 pessoas com mais de 16 anos, com 53% de homens e 47% de mulheres. 73% dos entrevistados ganham até 1 salário mínimo.
Pagamento de contas vai ser o principal destino do 13º na Paraíba
Dentre as prioridades elencadas pelo paraibano para a aplicação do 13º salário, o pagamento de contas da casa (51%) e a quitação de dívidas em atraso (26%) ocupam as primeiras posições.
Isso significa que três quartos dos paraibanos que vão receber o dinheiro já estão com a renda extra comprometida, o que dificulta investimentos, a criação de uma reserva financeira ou o gasto com lazer e passeios.
Apenas 14% dos entrevistados revelaram que a prioridade para o dinheiro é realizar uma aplicação financeira ou guardar como reserva de emergência. Outros 4% pretendem limpar o nome e 2% vão utilizar o 13º salário em viagens e lazer. Comprar alimentos e ajudar outras pessoas foram indicados por 1% cada.
Conforme Emanoelton Borges, CEO da Alfa Inteligência, a pesquisa aponta o humor do consumidor paraibano para as compras de fim de ano. “O que verificamos é que a maior parte das pessoas vai usar o 13º para pagar contas e dívidas. Mas com as dívidas pagas, o consumidor deve se sentir mais tranquilo para assumir novos compromissos no cartão de crédito, por exemplo, o que pode gerar uma perspectiva mais otimista para o comércio nesse período”, explica.
Salários menores estão mais ligados à informalidade
Além do destino que os paraibanos vão dar ao 13º salário neste ano, a pesquisa revela também a diferença no acesso ao trabalho formal de acordo com o salário médio recebido ao longo do ano. Conforme o levantamento, na faixa de quem recebe até um salário mínimo, somente 10% das pessoas vão ter direito ao pagamento - número abaixo da média geral do levantamento.
Já na faixa de quem ganha 1 a 3 salários mínimos, esse número dobra em relação à média geral da pesquisa: 30% dos respondentes afirmaram que terão o 13º neste ano. “Isso é um indício de que, quanto maior o salário observado, menores as chances de que o trabalhador esteja na informalidade”, afirma Luciano Pereira, diretor técnico da Alfa Inteligência.
Pesquisa ajuda a entender atual cenário econômico do estado
De acordo com Emanoelton, a pesquisa ajuda a traçar um panorama do atual cenário econômico da Paraíba e pode orientar empresas e instituições financeiras durante as vendas de fim de ano, em que o consumo das famílias costuma crescer.
“A pesquisa pode orientar lojistas e instituições financeiras a ajustarem as expectativas para o final de ano”, diz o CEO da Alfa Inteligência. “As compras certamente aumentam nesse período - como disse, mesmo com o dinheiro voltado para o pagamento de dívidas, o trabalhador pode ficar livre para assumir novas contas. Mas o varejista e comerciante precisa avaliar o humor do consumidor e adotar um otimismo cauteloso para não acabar oferecendo mais do que o mercado pode absorver”, conclui.
Sobre a Alfa Inteligência
Fundada em 2008, a Alfa Inteligência reúne expertise multidisciplinar capaz de executar os mais diversos trabalhos em pesquisa de mercado e opinião em todo território nacional. Referência em pesquisas inteligentes e desenvolvimento de estratégias, a Alfa Inteligência já desenvolveu estudos em mais de 500 municípios em todo o Brasil, além de instituições como Ministério do Turismo, BNDES, Pwc, Aena Brasil e governos estaduais, atuando como ponto preponderante de apoio estratégicos para campanhas eleitorais, além de auxiliar na construção e manutenção de imagem de governos estaduais e municipais.
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