De acordo com o estudo realizado nos Estados Unidos, considerado referência no assunto, uma a cada 44 crianças com até 8 anos está sendo reconhecida com o transtorno. Em 2020, o percentual considerado era uma em cada 54. Segundo Mendes, o dado é ainda mais preocupante, levando em consideração que por se tratar de uma condição genética, acredita-se que muitos pais ou familiares tenham algum grau de TEA e não tenham conhecimento disto. “Apesar de atualmente termos mais acesso às informações sobre o tema, ainda há muito desconhecimento e impasses que dificultam o cuidado necessário como a alta demanda de pacientes encaminhados aos profissionais capacitados e o baixo número de especialistas dedicados aos autistas, principalmente em níveis leves e moderados”, explica.
O fato de existirem muitas famílias em lista de espera por atendimentos essenciais nesse ramo e o elevado custo dos tratamentos multidisciplinares necessários têm sido fatores determinantes que motivaram Bethânia Mendes a repensar maneiras de poder ajudar essas pessoas. Com produção de conteúdo para redes sociais e participação de bate-papos on-line com outros profissionais de diferentes especialidades, Mendes pretende ainda em 2022 reunir e divulgar outros materiais sem custo em seu site (em construção) para facilitar a vida de quem convive com alguém ou tem algum grau de TEA. “Existem formas didáticas de estimular as crianças no dia a dia para melhoria de atrasos na fala e maneiras de lidar melhor com o diagnóstico e questões rotineiras do transtorno”, conta. “Minha missão de vida é ajudar essas famílias”, completa.
Dentre os fatores de risco para o autismo, Bethânia Mendes destaca o nascimento prematuro, obesidade gestacional, fertilização in vitro e doenças psiquiátricas na família, como bipolaridade e esquizofrenia. A fonoaudióloga especialista em Análise Aplicada do Comportamento enfatiza que tanto adultos quanto crianças autistas poderiam ter melhor qualidade de vida, caso fossem diagnosticadas e tratadas por profissionais capacitados. “Dificilmente o TEA vem sozinho, o que significa que o paciente pode desenvolver outros transtornos como o de ansiedade, TDAH - Transtorno do Déficit de Atenção e Hiperatividade - e depressão, sendo urgente e necessária uma avaliação especializada para identificar e tratar esses casos adequadamente em um tratamento multidisciplinar”, defende.
SERVIÇO:
Consultório de Fonoaudiologia de Bethânia Mendes
Endereço: Rio Mar Trade Center (Av. República do Líbano, 251 – Pina / Recife)
Torre C sala 812
Telefone para contato: (81) 99128-7490
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