O Comitê Executivo de Gestão da Câmara de Comércio Exterior (Gecex-Camex) aprovou no dia 27 de agosto a aplicação de direito antidumping definitivo sobre as importações de folhas metálicas de aço carbono da China e de fibras de poliéster provenientes da China, Índia, Tailândia e Vietnã.
A decisão marca um avanço na defesa da indústria nacional, ao estabelecer condições mais equilibradas de mercado para empresas e trabalhadores brasileiros.
A medida foi acompanhada por outras deliberações, como a manutenção de sobretaxa provisória para resinas plásticas importadas dos Estados Unidos e do Canadá, além da redução temporária das alíquotas de importação de insumos estratégicos para os setores de saúde, bens de capital, telecomunicações e informática. Essas decisões demonstram a busca do governo por equilibrar a proteção do mercado interno com estímulos à modernização industrial.
Valorização do produto nacional e fortalecimento da indústria
Para representantes do setor produtivo, as ações antidumping são fundamentais não apenas para frear práticas desleais de comércio, mas também para reforçar a confiança na qualidade e na competitividade da produção local.
A empresária Janine Brito, CEO da Pinheiro Ferragens e presidente do Lide Mulher Brasília, destaca que a valorização do produto nacional é um pilar para o crescimento sustentável do país “Essa medida representa um marco no fortalecimento da indústria brasileira. Ao coibir práticas de comércio predatório, o Brasil reafirma a importância de valorizar e proteger nossos produtos, garantindo condições mais justas e sustentabilidade para nossos fabricantes. É um passo essencial para que possamos investir mais em inovação, tecnologia e geração de empregos dentro do país”, afirma Janine.
Impacto positivo para o mercado e para os consumidores
A aplicação do direito antidumping também traz benefícios diretos aos consumidores, uma vez que o incentivo à indústria local contribui para ampliar a oferta de produtos com maior qualidade e procedência garantida. Além disso, promove um ambiente de negócios mais competitivo e estimula a adoção de boas práticas de produção e sustentabilidade.
Janine ressalta ainda que a decisão abre espaço para que o Brasil continue desenvolvendo soluções próprias e fortalecendo cadeias produtivas estratégicas. “Cada vez que valorizamos o que é produzido no Brasil, criamos um ciclo positivo de desenvolvimento. Essa é uma conquista que beneficia não apenas os fabricantes, mas toda a sociedade”, conclui.
Com a medida em vigor, espera-se um ambiente de maior previsibilidade para as empresas brasileiras que atuam nos setores de aço e fibras têxteis, além de impactos indiretos em toda a cadeia produtiva. O fortalecimento da indústria nacional é visto como estratégico para a soberania econômica do país, sobretudo em um contexto global de forte competição e disputas comerciais.
Sobre a Pinheiro Ferragens – Fundada em 1960, a empresa nasceu com o objetivo de comercializar aço para a construção civil. De base familiar e pioneira na capital, foi responsável por oferecer grande parte dos materiais para a construção de Brasília. Atualmente, a empresa trabalha com um mix de mais de dois mil produtos comercializados e industrializados. Localizada no Setor de Indústrias de Brasília e Taguatinga, a loja possui moderna estrutura e serviços diferenciados.
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