quarta-feira, 14 de maio de 2025

Estreia para convidados do espetáculo “HADDAD & BORGHI CANTAM O TEATRO , LIVRES EM CENA” com direção de EDUARDO BARATA



Com encenação de Eduardo Barata, “Haddad e Borghi: Cantam o Teatro, Livres em Cena” reúne, pela primeira vez, no palco, dois mestres das artes cênicas, em maio, no Teatro Adolpho Bloch.

Talentos excepcionais, Amir Haddad e Renato Borghi completam 88 anos em 2025 e celebram 70 anos de amizade no espetáculo “Haddad e Borghi: Cantam o Teatro Livres em Cena", que estreia em 09 de maio, no Teatro Adolpho Bloch, com direção de Eduardo Barata. A encenação tem como espinha dorsal a liberdade de Amir e Renato, fundadores do Teatro Oficina, ao lado de Zé Celso Martinez Corrêa.  


“Vamos construir e desconstruir, desafiando as perspectivas do espaço cênico. A ideia é narrar, cantar e apresentar ao público um panorama, com recortes da cena nacional, pelos olhos de dois homens de teatro, dois operários, trabalhadores, contemporâneos, dois pensadores das artes, que não separam vida e teatro, teatro e vida”, explica o diretor. O roteiro, assinado por Eduardo Barata e Elaine Moreira, conta com contribuições de Débora Duboc e Élcio Nogueira e foi estruturado a partir de dez encontros criativos com os próprios homenageados. “Construímos uma narrativa em trânsito, em ebulição e com imensa liberdade artística, assim como a trajetória de Amir e Renato. Tudo para homenagear estes gigantes da cena”, conta Elaine.


Em cena, Amir e Renato vão discorrer sobre temas como a existência, o ofício do ator, os diversos “Brasis” que lhes habitam e, claro, momentos marcantes de suas trajetórias pessoais e profissionais que somam, a essa altura, quase 200 anos. O elenco conversa com a dupla a cada sessão, a fim de trazer para a roda assuntos, referências e lembranças preciosas da vida de Amir e Renato, dentro e fora dos palcos.


“Eu e o Renato convivemos mesmo por muito tempo. São 70 anos de bem-estar e alegria ao lado dele. Nenhuma vez, tivemos qualquer destemperança nessa vida. Fizemos um grupo de teatro juntos, faculdade, e também desistimos dela juntos. Renato é parte integrante. Agora é muito bom estarmos aqui reunidos, Sou feliz de tê-lo conhecido e por termos caminhado tanto pela vida cultural brasileira", afirma Amir Haddad.  


Já Renato Borghi relembra o pontapé inicial de ambas as carreiras. “Amir é muito importante para mim. Quando eu comecei a fazer teatro, ele me dirigiu na peça do Zé Celso, “A Incubadeira”. Era para termos feito apenas por 15 dias e acabamos ficando seis meses. Foi o primeiro sucesso da minha carreira. Amir ficou com a gente nesse período, e foi um acontecimento, um assombro, ainda era meio amador. Depois, ele veio para o Rio, mas continuamos sempre em sintonia”, lembra o ator.


“Haddad e Borghi: Cantam o Teatro, Livres em Cena” apresenta ambientação cênica a partir do foyer do teatro. O público beberá da fonte de algumas expressões artísticas - ópera, circo, artes visuais e carnaval - inspiradas em nomes, como: Lygia Clark, Hélio Oiticica, Elis Regina, Zé Kéti, Braguinha, Emilinha Borba, Bizet, Donizetti e Charles Gounod. Nesta recepção do público, e durante o espetáculo, contaremos com as participações da cantora lírica Ana Lia; das palhaças Laura e Lenita; e do Trio Júlio, que além de executar músicas ao vivo, também assina a direção musical.  


O elenco, composto por Débora Duboc, Duda Barata, Élcio Nogueira Seixas e Máximo Cutrim, receberá o público na entrada do teatro, apresentando a obra de artistas fundamentais para a construção do universo haddad-borghiano, como: Clarice Lispector, Cecília Meirelles, Cora Coralina, Vinícius de Moraes, Guimarães Rosa e Carlos Drummond de Andrade. Durante a peça,


entrecortando a trajetória intelectual e profissional de Amir e Renato, outros artistas serão evocados, como: Arthur Miller (Um Panorama Visto da Ponte); Gianfrancesco Guarnieri (Eles Não Usam Black-tie); Oswald de Andrade (O Rei da Vela); e Bertolt Brecht (Galileu Galilei).  


Em ritmo de Rádio Nacional, alguns sucessos do cancioneiro brasileiro - dos gêneros bossa-nova, samba-rancho, samba e tropicália - serão apresentados ao público, muitos deles interpretados por nossos homenageados. “Ave Maria no Morro”; “Se Acaso”; “Vaidosa”; “Minha Terra”; “Alegria, Alegria” e “Carinhoso” fazem parte da trilha sonora da peça, ora em mono, ora em estéreo. Além disso, traremos para a cena três músicas compostas para o teatro: “Canção do Jujuba”, musicada por Caetano Veloso para o Rei da Vela; “Roda Viva”, composta por Chico Buarque para o espetáculo de mesmo nome; e “Por Causa do Teatro”, de Jonathan Silva, composta para o espetáculo “O Que Nos Mantém Vivos”.


“Nossa abordagem para a direção musical partiu de uma busca afetiva. Queríamos criar uma trilha que fosse mais que acompanhamento. As memórias musicais de Amir e Renato, tão intimamente ligadas à Rádio Nacional, tornaram-se o coração do nosso processo criativo. A trilha sonora passeia por marchinhas, bossa nova, choro e sambas, com algumas composições instrumentais exclusivas para o espetáculo. Inspirados nas gravações clássicas da Rádio Nacional, desenvolvemos arranjos originais para violão de 7 cordas, bandolim e percussão", conta Maycon, um dos integrantes do Trio Júlio, que assina a direção musical.  


O espetáculo conta ainda com figurinos de Rute Alves, cenário de Rostand Albuquerque e iluminação de Ricardo Viana. Claudia Chaves assina a pesquisa e Marina Salomon a direção de movimento.  


Na montagem, dois grandes tronos móveis vão evocar a realeza e o brilho dos dois homenageados. “Assim, Amir Haddad e Renato Borghi são levados a visitar e contar suas histórias de vida e de teatro, por entre cortejos, músicas e atores encenando suas peças. O palco também servirá de camarim aos dois atores, com detalhes realistas como fotografias e objetos pessoais e inspiração nas obras de Hélio Oiticica e Lígia Clark”, revela o cenógrafo Rostand Albuquerque.  


Aliado ao conceito do cenário e da direção de Barata, Marina Salomon cria uma atmosfera de liberdade para grande encontro no tablado. “Mais do que uma preparação, a gente trabalha em uma direção de movimento que tenha a ver com a aura desses dois mestres: são estados de liberdade e sensibilidade para com a escuta, a percepção do outro e da cena. Livres para experimentar através de uma condução amorosa desses corpos-presenças maravilhosos no espaço cênico, onde a relação de Amir e Renato e suas histórias são contadas. Não queremos fazer de uma forma engessada. A plateia aqui será um personagem importante também para essa peça", explica Salomon.  


A figurinista Rute Alves fez uma grande imersão no universo teatral de ambos os mestres. “O Tá na Rua e o Teatro do Promíscuo logo vieram à minha cabeça e me guiaram. E também vamos carnavalizar e evocar nos figurinos referências aos trabalhos de Lygia Clark e Hélio Oiticica. Coloquei elementos de brilho, muitas cores. São senhores de 88 anos, que precisam estar o mais confortável e adequados possíveis em cena", vibra ela.


Ícones das artes cênicas e do teatro moderno, Renato e Amir são personagens fundamentais do fazer teatral. Os dois homenageados, cada um à sua maneira, seguem sendo as mais potentes e comunicativas referências para o teatro brasileiro, inclusive internacionalmente, tendo em suas trajetórias espetáculos premiados e montagens antológicas.


FICHA TÉCNICA

Criação e direção Eduardo Barata

Roteiro final Eduardo Barata e Elaine Moreira

Equipe criativa Débora Duboc, Elaine Moreira e Elcio Nogueira Seixas

Pesquisa Claudia Chaves

Elenco Amir Haddad, Renato Borghi, Débora Duboc, Duda Barata, Elcio Nogueira Seixas e Máximo Cutrim

Cantora lírica Ana Lia

Palhaças Lenita Magalhães Laura Barbeiro

Direção musical /Música ao vivo Trio Julio

Direção de movimento Marina Salomon

Preparação vocal Jane Celeste e Julie Wein

Cenário Rostand Albuquerque e Barbara Quadros

Fotos / Cenografia Coleção Marcelo Del Cima

Foto / Zé Celso Martinez Corrêa - Gabriel Rinaldi

Programação visual / Cenografia Claudio Attademo

Assistente de cenografia Ricardo Barata

Figurinos Rute Alves

Assistente de figurinos e costura Emerson Vianna

Macramê e Fuxico Amarrações Macramê

Adereços de palco Fábio Costa

Pintura de arte Fabiano Fernandes

Iluminação e Operação de luz Ricardo Vianna

Desenho de som e Operação de som Enrico Baraldi

Microfonista Daniella Nanni

Diretores de palco Roy D`Peres, Rodrigo Ferreira e Juan Patrick

Camareiras Ced e Ingrid dos Santos

Fotos Cristina Granato e Daniella Nanni

Captação de vídeos Ketrolin Rossetto e Louise Guima

Edição de vídeos Ketrolin Rossetto

Programação visual / Vídeo-exposição Luciano Cian

Assessoria de Imprensa Barata Comunicação e Dobbs Scarpa

Direção de produção Elaine Moreira

Produção executiva Luciano Pontes

Produção de base Bruno Luzes

Assistente de produção Daniella Nanni

Administrativo-financeiro Lilian Santiago

Produção e Realização Barata 


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