terça-feira, 15 de outubro de 2024

Dia Mundial da Menopausa: conheça os principais incômodos na região íntima e como tratar



18 de outubro é o Dia Mundial da Menopausa, um momento para refletir sobre as transformações que acompanham essa fase da vida da mulher.
Ondas de calor, palpitações cardíacas, vertigens, cansaço muscular e instabilidade emocional são alguns dos sinais que marcam esse período de transição, geralmente entre os 45 e 55 anos. Embora muitos desses sintomas sejam temporários e tendam a diminuir com o tempo, os problemas relacionados à saúde íntima podem se intensificar sem o tratamento adequado, comprometendo significativamente a qualidade de vida da mulher.



“O período do climatério carrega muitos sintomas que incomodam a mulher. Por causa disso, muita gente costuma pensar que a menopausa é uma doença, mas não é. O declínio dos níveis de estrogênio, por exemplo, hormônio feminino responsável por manter a saúde íntima, pode causar uma série de alterações desconfortáveis, mas não é preciso ter medo da menopausa, nem esperar um ano sem menstruar para iniciar os tratamentos. Hoje, existem muitas alternativas que tornam essa fase melhor na vida da mulher, como a reposição hormonal”, aponta a ginecologista Israelina Tavares, especialista em ginecologia regenerativa e estética íntima.



Quais os principais problemas que afetam a saúde íntima da mulher durante a menopausa?



Secura vaginal


Atrofia vaginal 


Diminuição da libido


Dor durante as relações sexuais 


Incontinência urinária 


Prolapso genital


Flacidez 



“A queda dos níveis de estrogênio reduz a lubrificação natural da vagina, causando ressecamento, irritação e desconforto, especialmente durante a relação sexual. Além disso há o afinamento das paredes vaginais, perda de elasticidade e redução da vascularização, que resulta em dor durante a relação sexual, irritação e infecções urinárias frequentes. A menopausa também pode enfraquecer os músculos do assoalho pélvico, causando incontinência urinária de esforço ou urgência. A queda hormonal e o envelhecimento dos tecidos podem levar ao deslocamento de órgãos pélvicos, como bexiga, útero ou reto, o que causa desconforto e sensação de peso na região vaginal. Além disso, a perda de colágeno faz com que a vulva fique flácida e com aspecto murcho”, explica a ginecologista Israelina Tavares. 



Como a menopausa pode impactar a vida sexual da mulher?



 A perda de estrogênio e de testosterona pode reduzir o desejo sexual, interferindo na vida íntima e na autoestima da mulher. Além disso, é comum que a secura e atrofia da região cause dores durante a relação sexual que pode ser intensificada por ansiedade e mudanças emocionais, comuns nessa fase.



Quais os tratamentos disponíveis?


Reposição hormonal


Terapias regenerativas como laser íntimo


Uso de bioestimuladores de colágeno


Preenchedores


Exercícios de fortalecimento do assoalho pélvico



“A terapia de reposição hormonal (TRH) restabelece os níveis de estrogênio, progesterona e testosterona no corpo da mulher, aliviando sintomas como a secura vaginal, a atrofia e a diminuição da libido, os calorões, indisposição e insônia. O laser íntimo CO2 promove a regeneração do tecido vaginal, estimulando a produção de colágeno e melhorando a lubrificação natural. Ele também fortalece as paredes vaginais e melhora a vascularização, o que contribui para reduzir a secura e a dor durante as relações sexuais. É uma excelente opção para as mulheres que evitam ou não podem fazer uso de intervenções hormonais. Os tratamentos podem ser associados aos bioestimuladores de colágeno que estimulam a produção natural de colágeno nos tecidos íntimos. Isso melhora a espessura e a firmeza da região vulvar, melhorando a flacidez e a estética da região”, detalha Israelina Tavares.



Israelina Tavares é médica ginecologista obstetra, especialista em ginecologia regenerativa e estética íntima. Formada pela Faculdade de Ciências Médicas de Campina Grande (FCM-CG), possui Residência Médica em ginecologia e obstetrícia pela Universidade Federal da Paraíba (UFPB) e pós-graduação em Rejuvenescimento Íntimo e Estética Genital pelo Instituto Lapidare (SC). É referência em cirurgia estética íntima, laser íntimo e reposição hormonal. Expert reconhecida pela Academia Brasileira de Ginecologia Regenerativa, Estética e Funcional (ABGREF)



instagram: @draisraelinatavares  

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