Diego Tavares traduz uma vivência dedicada à música na sua aguardada estreia como cantor e compositor solo. O álbum “3 Invernos” chega após uma sequência de singles bem recebidos e atesta a versatilidade de um artista em pleno amadurecimento para unir tons, sons, ritmos e inspirações. Essa primeira coleção de canções é plural e diversa, tendo como base a música brasileira e o folk mesclado a sintetizadores e batidas eletrônicas climáticas. O trabalho chega acompanhado do clipe para um de seus destaques: a faixa de abertura “Interminável”.
“3 Invernos” é uma obra sobre a passagem do tempo. Não apenas porque foi quase totalmente composta durante o período de isolamento ao longo de 2021, mas porque é uma reflexão sobre os três primeiros anos de Diego, um cidadão carioca, recomeçando a vida em São Paulo. “Nesse período desde a mudança do Rio para São Paulo, não pude sair muito devido à pandemia, e mesmo sem ela não teria muitos contatos na cena musical, por ter acabado de chegar. Trancado com os discos de meus artistas favoritos, como Leonard Cohen, tirei deles inspiração para as músicas, que também absorveram naturalmente diversas outras influências, musicais ou não”, complementa o artista.
Além disso, o disco traduz uma vida inteira de paixão pela música que agora ganha forma. As primeiras canções de Diego Tavares surgiram ainda aos 13 anos, levando à formação de bandas ao longo do colégio e da faculdade, ainda no Rio de Janeiro, tendo passado pelo palco das principais casas de shows independentes cariocas. Os caminhos da vida levaram Diego a um relacionamento mais íntimo com a música e fora dos holofotes, agora compartilhado com o público.
Questões de saúde do próprio artista, e mesmo a atual pandemia, fizeram-no refletir sobre a finitude da vida. E esses questionamentos o levaram a uma busca mais profunda pela essência do que fazia. “3 Invernos” é produto direto dessa investigação interna.
Confira o faixa-a-faixa abaixo
Das oito canções do disco, cinco já haviam sido reveladas: “Dança”, “Antes do Dia de Fato Começar”, “Pode Ir”, “Se Encontrar” e “Imperfeição”. As inéditas “Vem me maquiar”, a faixa-título e “Interminável” completam essa linha narrativa. Entre as temáticas das letras, surgem os sonhos, a morte, a dualidade dos sentimentos, as dificuldades nos relacionamentos, a esperança pela luz no fim do túnel e a opressão da rotina.
Transformando dilemas modernos e existenciais em canções, Diego Tavares faz da sua jornada interna um convite a explorar as mais profundas e compartilhadas emoções humanas. O disco está disponível nas principais plataformas, e o clipe de “Interminável”, no canal de YouTube do artista.
Ouça "3 Invernos" no seu streaming preferido clicando aqui
Ficha técnica
Gravado no Trampolim Estúdio (SP)
Produção e mixagem: Fábio Barros
Masterização: Pete Maher (Londres)
Fotos de Divulgação: Claus Lehmann
Clipe:
Vídeo: MarQ - Audiovisual
Direção de fotografia e montagem: Bruno Marques Assistente de câmera: Chrys Galante
Faixa-a-faixa, por Diego Tavares:
01 - Interminável: Tristeza e festa, vergonha e orgulho de sentimentos proibidos. A dualidade está presente tanto na letra quanto nas variações rítmicas da faixa de abertura.
02 - 3 Invernos: Profunda e reflexiva, com versos marcantes sobre o que acontece com os sonhos após a morte ou sobre o desejo de se esquecer das memórias que doem. Uma pulsação constante e ambiências sonoras dão um toque de tensão à essa música centrada no violão. O título da faixa e do álbum faz referência aos três anos desde que me mudei do Rio para São Paulo.
03 - Dança: Uma batida simples, synths colorindo a faixa e belas melodias numa canção sobre as dificuldades de um relacionamento maduro. Foi o maior destaque dentro dos singles lançados antes do álbum.
04 - Imperfeição: Dessa vez a dualidade perde a festa e o orgulho, e restam só a melancolia e a pouca saúde mental nesse que é o momento mais rock do álbum.
05 - Vem Me Maquiar: Talvez estejamos mesmo chegando lá, e Vem Me Maquiar é o fim da pandemia imaginado em forma de Carnaval e paixão. Apropriadamente, a parte musical tem muito de brasilidade e festa, sem descartar por completo o tom de lamento que permeia todo o trabalho.
06 - Pode Ir: A mais triste das oito canções, Pode Ir fala tanto da solidão propriamente dita quanto da solidão compartilhada entre pessoas que não conseguem manter a conexão que um dia já tiveram.
07 - Antes do Dia de Fato Começar: Assim como Dança, Antes do Dia de Fato Começar fala das dificuldades de um amor maduro, que precisa se redescobrir a cada novo dia na tentativa de não sucumbir ao cotidiano.
08 - Se Encontrar: Música escrita em 2004, fecha o disco com leveza, embora nesse álbum até a leveza seja marcada por alguma angústia e certamente por muitos desencontros.
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