O primeiro passo é gerar curiosidade! Se o aluno entende que aquilo não faz sentido, que não vai fazer parte do dia a dia dele ou que nunca vai colocar em prática, ele perde o interesse e facilmente vai desfocar. É importante preparar o cérebro da criança, lado esquerdo (racional), lado direito (emocional), ativou o cérebro inteiro, ela vai ter emoção, interesse e percebe uma vantagem por aprender o assunto.
O segundo passo é compreender, e às vezes você vai ter que fazer com o que o cérebro tenha um entendimento diferente do que ele tinha antes. Por exemplo, a criança pequena não sabe que ela não sabe amarrar um cadarço, o famoso “não sabe, que não sabe”, então a primeira coisa é fazer que ela tenha um choque de realidade, desconstruir um entendimento que já tinha, e mostrar de uma outra forma que ela possa compreender e como fazer de um jeito mais fácil e eficiente.
Reter ou praticar é o terceiro passo da aprendizagem, ele vai fazer e refazer as atividades e se ele praticar, vai ajudar o próprio aluno a reter esse conhecimento.
O quarto passo é disseminar ou criar, ou seja, na hora que o aluno está na sala de aula presencial ou mesmo na virtual, quando ele consegue fazer uma conta vai querer mostrar para os colegas, e é nessa hora que ele vai disseminar o conhecimento dele e colocar todas as etapas do aprendizado em prática. “Se o aluno consegue fazer isso, ele vai ter uma significativa diferença na autoestima, pois vai se sentir uma pessoa mais inteligente por se colocar no papel do professor e se inspirar nele, além de desenvolver a sua comunicação, uma habilidade fundamental, cada vez mais. Ele vai ter que falar não o que entendeu da aula, mas como ele vai explicar de um jeito que o seu colega possa entender, eles vão se identificar e isso vai fazer com que consigam aprender de uma forma melhor", finaliza Cesar Guimarães.
Fonte:
Cesar Guimarães é físico, matemático, mestre pela USP e CEO da MMP – Materiais Pedagógicos de Matemática.
Instagram: @mmp.materiaispedagogicos
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