A onomatopeia tic toc - atualmente com som indiscutivelmente associado ao terremoto estético das dancinhas, disseminadas na volatilidade das adictivas redes sociais - vira música paradoxalmente suave e ácida assinada pelo grupo potiguar: “Oh, lazy, lazy, lady… Vá ver seu ‘tic toc’, que eu tô curtindo aqui meu Woodstock”.
“A canção reivindica uma nordestinidade, com leveza e um abraço ao calor do sol, na tentativa de se manter presente e são, mesmo enquanto o resto do mundo parece adoecer em ansiedade e expectativas frustradas”, explica Artur.
A sonoridade explora uma pegada de bossa e jazz ao violão de nylon, acompanhado de baterias - por vezes orquestradas em rufadas de caixa e ataques de pratos - synth bass, baixo elétrico e violoncelos.
Como de costume em muitos dos lançamentos do projeto, a música contou com participações especiais. Desta vez, da pernambucana Cecília Cabral nos violoncelos, do companheiro de longa data Vinícius Menna, presenteando com uma guitarra tropical ao finalzinho da música e do groove indiscutível de Xikinho Bass. A arte da capa é da artista brasiliense Nana Bittencourt, com lettering de Pedro Victor Cunha.
Nenhum comentário:
Postar um comentário