sexta-feira, 26 de novembro de 2021

Paraibano lança livro sobre a Era Vargas na Academia Pernambucana de Letra



Em sessão ordinária conjunta entre a Academia Paraibana de Letras, o Instituto Histórico e Geográfico Paraibano, a Academia Pernambucana de Letras e o Instituto Arqueológico, Histórico e Geográfico Pernambucano, o advogado, historiador, professor e coordenador do curso de Direito da Estácio João Pessoa, Jean Patrício da Silva, lança seu livro “A Paraíba na Era Vargas (1940-1945): Elites Políticas e Reforma do Estado” na próxima segunda-feira (29). O evento acontece a partir das 17h no casarão Museu do Escritor Pernambucano, na Academia Pernambucana de Letras, no Recife.

Na obra, Jean Patrício Silva promove um debate sobre um dos períodos mais polêmicos da história do Brasil, quando Getúlio Vargas governou o país por 15 anos consecutivos. Ele discorre sobre as composições políticas da Paraíba na primeira metade da década de 1940 e que deram origem à formação do antigo Partido Social Democrático (PSD), agremiação da qual Ruy Carneiro, interventor na Paraíba nomeado por Vargas, foi líder até a sua extinção em 1965.

Em suas páginas, o livro também oferece um panorama da crise econômica em que o Estado da Paraíba vivia no início dos anos 40, no contexto da segunda guerra mundial e da grande seca de 1942, assim como as tentativas de superação destas crises durante a gestão de Ruy Carneiro. 

No mesmo evento, também será lançado o livro “Três homens chamados João — uma tragédia em 1930”, da escritora pernambucana e membro da Academia Recifense de Letras, Ana Maria Ventura de Lyra e César. A publicação resgata o drama de João Pessoa, assassinado pelo adversário político João Dantas, que foi morto na Casa de Detenção do Recife; e a morte de João Suassuna, acusado de cumplicidade no homicídio do então governador da Paraíba, vice na chapa de Getúlio Vargas à presidência da República pela Aliança Liberal. Os desdobramentos deste episódio levaram à deflagração da Revolução de 30.

Em linguagem diferenciada, a autora analisa os antecedentes da tragédia, a partir dos fatos, e mostra a ação do tempo no apaziguamento das paixões desenfreadas que os moveram. O livro pode ser entendido como homenagem aos “joões”, vértices de três triângulos, unidos e indissociáveis, e às vítimas inocentes que foram alcançadas pela voracidade dos acontecimentos, Augusto Moreira Caldas e Anayde Beiriz.

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