Em má fase, sem técnico e com intensa insatisfação de sua torcida, o Santos veio a campo pelo Campeonato Paulista neste sábado diante do Red Bull Bragantino com um caráter psicossomático.
Os problemas de fora pareciam estar rondando e afetando o
rendimento dos jogadores, que viram os adversários dominarem praticamente todo
o primeiro tempo.
A má atuação foi compensada com um gol achado no embalo do
começo do segundo tempo, mas nada que fizesse com que o Santos voltasse a
vencer depois de quatro jogos sem vitória.
Resultado: 1 a 1, no estádio Nabi Ani Chedid, em Bragança
Paulista (SP), faltando apenas duas rodadas para o final da primeira fase.
Com mais um tropeço no torneio, o Santos está em situação
complicada para passar às quartas de final do Paulistão. Em terceiro lugar no
Grupo D, a equipe da Baixada Santista tem 10 pontos e está atrás de Mirassol,
com 17, e Guarani, com 11.
Os concorrentes diretos ainda jogarão neste domingo pela
mesma rodada, o que pode deixar o contexto do Santos no Estadual mais
preocupante ainda em caso de vitória dos rivais.
O Red Bull Bragantino, dono de uma das melhores campanhas e
agora classificado matematicamente às quartas de final, se impôs logo no
começo. O time do interior paulista mostrava bom entrosamento, com passes que
envolviam a equipe do Santos, que dificilmente conseguia a bola de forma fácil.
Foi desse jeito que os donos da casa fizeram, aos seis
minutos iniciais, uma linda jogada em equipe, que terminou nos pés de
Claudinho. O meia deu passe para o atacante Ytalo ficar de frente para o
goleiro João Paulo, que saiu bem e fez ótima defesa.
O Santos penava em criar boas jogadas. Chegou algumas vezes
ao ataque, com Gabriel Pirani e Marinho, mas sem grandes sustos para o goleiro
Cleiton. Quem se destacava muito era o camisa 10 do Red Bull Bragantino, que
distribuía bons passes e era o centro de quase todas as jogadas.
Tanto era que o primeiro gol veio dos pés dele. Aos 25
minutos, Pará saiu jogando errado do campo de defesa, a bola sobrou para
Pedrinho, que encontrou Claudinho.
O meia do Red Bull Bragantino bateu forte de primeira e, em
um desvio em Luan Peres, matou a jogada e qualquer chance de João Paulo chegar
na bola. 1 a 0 para os anfitriões.
A liberdade de Claudinho na partida dava o tom do jogo, que
estava muito mais para o Red Bull Bragantino, que perdeu boas oportunidades, do
que para o Santos, com dificuldades para chegar bem ao ataque.
Mesmo sem mexer na equipe, o técnico interino do Santos,
Marcelo Fernandes, parece ter dado um chacoalhão no time, que voltou pilhado
para o segundo tempo.
Logo no primeiro minuto, Marinho fez lançamento para Lucas
Braga, que concluiu a jogada em uma finalização perfeita, no alto do gol, sem
chances para Cleiton. Até então, o Santos não fazia um gol havia quatro jogos.
O segundo tempo já era bem mais equilibrado do que o
primeiro, com jogadas de ambos os lados e um pouco mais dinâmico. Teve até a
virada do Santos, mas o VAR anulou o que seria um golaço de Jean Mota por causa
de impedimento de Marinho.
Não que o Santos passasse a apresentar um bom futebol, mas a
queda de desempenho do Red Bull Bragantino ficou bem nítida, o que deu mais
liberdade para a equipe da Baixada Santista criar mais jogadas e tentar a
virada. Não aconteceu.
Com o empate, o Santos já está há cinco jogos sem vencer,
contando também as partidas da Copa Libertadores, e ainda não definiu um novo
técnico depois da saída do argentino Ariel Holan.
Fonte: Estadão Conteúdo
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