segunda-feira, 12 de julho de 2021

Festival Água Doce realiza evento online

 


O Festival Água Doce será realizado nesta quinta-feira (16), a partir das 15h, em modelo virtual.

O evento celebra a união entre os povos e o respeito entre as diversas religiões, homenageando, através do Orixá Oxum - cultuada no Candomblé e na Umbanda - sincretizada em Pernambuco com Nossa Senhora do Carmo, padroeira do Recife, o sentimento de fraternidade e de alegria do 16 de julho na capital do Estado.

A ideia para o festival vem sendo semeada desde 2013 pela artista Karynna Spinelli, no Ilê de Culto Africano Santa Bárbara (no Morro da Conceição) com o ‘Mulucum da Oxum’ - cerimônia anual estritamente religiosa para louvação e realização de oferendas à Divindade.

Este ano, nasce o momento de comemoração junto ao público para somar forças à celebração católica tradicional da data, agregando, incluindo, criando mais um espaço de comunhão entre as pessoas e passando a integrar o calendário anual de festas, fortalecendo inclusive a diversidade e o turismo religioso em Pernambuco.

Em virtude da pandemia, a primeira edição do Festival Água Doce será on-line, através de uma live, e reunirá nomes importantes para o Brasil como Beth de Oxum (PE), Cris Pereira (DF), Juliana Ribeiro (BA), Karla da Silva (SP/PT), Luiza Dionízio (RJ) e Karynna Spinelli (PE), esta última a idealizadora do festival e que também lançará música que compôs para o encontro.

O intercâmbio cultural será protagonizado por essas seis mulheres, cantoras e todas ‘filhas de Oxum’, que cantarão em português e em Yorubá (língua de matriz africana) canções autorais, músicas da MPB e toadas de terreiro em um verdadeiro encontro de arte, fé, beleza e ancestralidade.

Para 2021, Karynna ainda promete: “esse ano até as oferendas eu fiz na presença de apenas três pessoas para respeitar o isolamento social, lá nas cachoeiras de São Benedito do Sul (PE)".

"Mas ano que vem, sem pandemia, além dos shows físicos com o público celebrando presencialmente, o festival contará com cortejos, feiras culinária e de artesanato, oficinas percussivas, palestras com temas importantes como as questões acerca do privilégio branco, sobre respeito religioso e a importância de sermos todos antirracistas, contação de histórias sobre os Orixás para o público infantil e a louvação em Yorubá pra Oxum feita por Iyalorixás (mães de santo) do Estado".

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