segunda-feira, 13 de janeiro de 2020

Bloco A Franga da Madrugada

Na madrugada do dia 04 de março de 2000, criado pelo saudoso radialista Sílvio Sarmento (falecido em 2013), surgia o bloco A Franga da Madrugada. Neste primeiro ano, apenas 15 (quinze) amigos participaram, tendo uma Kombi como carro de apoio. Eles, vestidos de mulher, que se tornou a principal marca do bloco, saiam de casa em casa acordando os amigos para “pular carnaval”. Depois de muitas casas “invadidas”, o bloco, que surgiu apenas como uma brincadeira e com o intuito de resgatar os carnavais de antigamente, acabou, então, se tornando o mais tradicional bloco de rua palmarino.

Com o passar dos anos, A Franga acabou conquistado mais adeptos e parceiros. Em 2011, por exemplo, aconteceu o batismo do bloco, que foi realizado pelos dirigentes do Pinto da Madrugada, tido como o maior bloco de rua do Estado de Alagoas. Estiveram presentes neste momento, vários grupos de amigos fantasiados de mulheres, como também muitos gays e lésbicas, pois assim é a Franga da Madrugada, um bloco sem preconceito, com muita alegria e diversão.
Um dos pontos fortes do desfile é a escolha da “Franga do Ano”, que conta com a participação de palmarinos e visitantes, que se vestem de mulher para este momento. Após o concurso, uma multidão acompanha o desfile do bloco pelas ruas do centro da cidade, ao som de muito frevo até a Praça Basiliano Sarmento, tido como quartel-general da folia palmarina. “O bloco é para família. Nele, você encontra senhoras, crianças, jovens e trabalhadores. Não temos brigas no carnaval da franga e não temos lucro”, informa o empresário Leonardo Sarmento, filho do Sílvio, que comanda A Franga da Madrugada desde o ano de 2007.

O bloco A Franga da Madrugada está para o município de União dos Palmares, como o Pinto da Madrugada está para a capital alagoana, Maceió, e o Galo da Madrugada está para Recife, em Pernambuco, sendo justamente estes blocos a inspiração para a escolha do nome da Franga. Mais do que um bloco, o bloco A Franga da Madrugada, responsável pelo pontapé do carnaval palmarino, é atualmente um patrimônio imaterial da Terra da Liberdade.

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