Entre os problemas vasculares mais conhecidos estão as varizes, que são veias dilatadas e tortuosas, que surgem principalmente nas pernas e afetam cerca de 15% da população adulta, aponta a Sociedade Brasileira de Angiologia e Cirurgia Vascular (SBACV). Os sintomas mais comuns são dores, sensação de peso e cansaço nas pernas, inchaço e queimação. “As varizes calibrosas podem evoluir para quadros de tromboflebite - coágulos que se formam superficialmente -, podendo gerar trombose venosa profunda e até embolia pulmonar. Em alguns pacientes também é possível avançar para quadros de úlcera”, alerta a angiologista e cirurgiã vascular Beth Moreno.
As doenças vasculares, geralmente, estão ligadas a um histórico familiar e pessoas com obesidade, hipertensão, diabetes, hipercolesterolemia e fumantes são mais propícios a desenvolverem doenças arteriais. Nestas, destacam-se doença arterial periférica, doença arterial cerebral e os aneurismas; já no campo das doenças linfáticas, as mais comuns são o linfedema e a erisipela. O diagnóstico das doenças vasculares é realizado a partir das queixas dos pacientes, fazendo um exame físico detalhado e exames complementares necessários, destacando-se o ultrassom doppler. Os tratamentos variam de acordo com cada tipo de doença e podem ser feitos com medicamentos, cirurgias ou outros procedimentos menos invasivos.
“Alguns cuidados simples podem ser colocados em prática para prevenir os problemas vasculares, como praticar exercícios físicos de modo regular e ter uma alimentação saudável. É importante lembrar ainda que algumas doenças são silenciosas e, por isso, a consulta de rotina é fundamental e, tão importante quanto ela, é o check up vascular, que consiste na realização de exames de ultrassom doppler, não invasivos, indolores e sem riscos, que possibilitam a visualização dos vasos e detecção precoce de placas de gordura e de aneurismas - nas artérias carótidas, abdominais e dos membros inferiores; de tromboses arteriais e venosas; de insuficiência venosa, entre outros, prevenindo assim, muitas complicações”, enfatiza a cirurgiã vascular Beth Moreno.
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