Três anos de forte investimento, com sete finais e cinco conquistas. O Corinthians vem colhendo os frutos do projeto com a equipe de futebol feminino. As meninas vêm fazendo bonito nos gramados brasileiros e até fora do país.
Neste domingo, com um show de bola, o time alvinegro goleou
a boa equipe da Ferroviária, por 5 a 0, e se sagrou bicampeã do Campeonato
Paulista.
Foi uma apresentação de gala do Corinthians em Araraquara.
Mesmo com a possibilidade de derrota por até um gol de diferença para erguer a
taça do estadual pelo segundo ano seguido, após 3 a 1 na ida, em São Paulo, a
equipe mostrou que não sabe jogar para se defender.
Partiram ao ataque desde o apito inicial para erguer a
segunda taça em menos de um mês. Elas já haviam conquistado o Brasileirão
diante do Avaí Kindermann.
Nas últimas três temporadas, o Corinthians disputou todas as
finais do Paulistão e do Brasileirão. Ganhou o Estadual em 2019 e neste
domingo, o Nacional em 2018 e há poucos dias. Foi batido nos pênaltis pela
Ferroviária em 2019, ano no qual deu o troco na decisão da Libertadores.
O domingo festivo começou antes mesmo de a bola rolar. As
meninas do Corinthians entraram com o respectivo nome na camisa e o de outra
mulher a quem queriam homenagear no #elasjogandoporelas.
As comandadas de Arthur Elias iniciaram o jogo com fome de
gols. Em apenas dois minutos, três boas chegadas ao ataque. Era um bombardeio
da melhor equipe do futebol feminino do Brasil na atualidade.
Mesmo debaixo de sol escaldante e forte calor, foi uma
partida de alta intensidade. A volúpia apresentada se transformou em vantagem
no placar com poucos minutos. Crivelari, em sua segunda chance na decisão, fez
1 a 0 aos 12 minutos. Aos 20, Érika ampliou a vantagem na disputa do título
para 5 a 1 no agregado. O título já estava mais do que encaminhado.
Após uma pausa para reidratação, Tamires ampliou. Eram
abraços e muita festa corintiana diante de uma Ferroviária aguerrida, mas sem
poder de reação. Diany, convocada para a seleção brasileira, deixou sua marca
aos 39. Adriana e Andressinha ainda acertaram a trave na primeira etapa.
Foi um primeiro tempo primoroso das atletas corintianas. Uma
aula de como marcar sob pressão, com belas tramas, concentração e bastante
ofensividade.
Com o título praticamente selado, o Corinthians fez seis
mudanças na segunda etapa. Mesmo assim, ainda seguiu mostrando força e criando
oportunidades de gol. A Ferroviária lutava pelo gol de honra que não veio. A
experiente Grazi, de 39 anos, fechou o placar num histórico domingo corintiano.
Por Fabio Hecico, especial para a AE
Estadão Conteúdo
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