O polonês Robert Lewandowski foi o vencedor, nesta quinta-feira, em cerimônia remota, em Zurique, na Suíça, do prêmio de melhor jogador do mundo pela Fifa na temporada 2019/20 O atacante polonês do Bayern de Munique superou o argentino Lionel Messi, do Barcelona, e o português Cristiano Ronaldo, da Juventus. O período de avaliação para os concorrentes foi de 8 de julho de 2019 a 7 de outubro de 2020.
A abertura da cerimônia foi feita pelo presidente da Fifa,
Giovanni Infantino, agradecendo aos profissionais de saúde pelo trabalho feito
no período de pandemia. Homenagens também foram feitas a Maradona e Paolo
Rossi, mortos recentemente.
Lewandowski, de 32 anos, teve um período espetacular, ao ser
autor de 55 gols decisivos, em 47 jogos, para a conquista dos títulos da Liga
dos Campeões da Europa, do Campeonato Alemão e da Copa da Alemanha pelo Bayern
de Munique na temporada passada.
Lewandowski se junta ao croata Modric, eleito em 2018, a
superarem Messi e Cristiano Ronaldo desde 2008. O craque sul-americano soma
seis taças e o europeu tem cinco. O artilheiro também se tornou o primeiro
finalista do Bayern neste período hegemônico de Messi e Cristiano Ronaldo a ser
eleito o melhor do mundo, algo que não foi alcançado pelo meia Ribery, líder do
time vencedor da Liga dos Campeões em 2013, ou pelo goleiro Neuer, destaque da
seleção alemã campeã da Copa em 2014.
Entre seus vários feitos importantes Lewandowsk se tornou o
primeiro jogador a marcar 10 gols nas 6 primeiras rodadas do Campeonato Alemão
e a fazer gols nos 11 compromissos iniciais do torneio. Também marcou quatro
gols em menos de 15 minutos nos 6 a 0 sobre o Estrela Vermelha, pela Liga dos
Campeões, torneio do qual foi artilheiro, com 15 em 10 duelos, um deles no
histórico 8 a 2 sobre o Barcelona. Repetiu o feito no Alemão e na Copa da
Alemanha. E ao ser campeão e artilheiro europeu e dos torneios nacionais,
igualou o feito alcançado por Cruyff no Ajax na temporada 1971/1972.
OUTROS PRÊMIOS - O futebol brasileiro ficou com o prêmio de
Fifa Fan com a história de Marivaldo da Silva, torcedor do Sport, que caminha
60 quilômetros por mais de 12 horas desde Pombos, sua cidade, até Recife para
ver os jogos na Ilha do Retiro.
O goleiro Alisson, do Liverpool, que buscava o segundo
prêmio consecutivo, e Oblak, do Atlético de Madrid, foram superados pelo alemão
Neuer. No feminino, a escolhida foi a francesa Sarah Bouhaddi, do Lyon.
Outro representante do futebol brasileiro que não ficou com
o premio foi o uruguaio Arrascaeta, que disputou o Prêmio Puskás com um gol de
bicicleta marcado pelo Flamengo contra o Ceará pelo Campeonato Brasileiro de
2019. Ele acabou superado, assim como Suárez, então no Barcelona, pelo
sul-coreano Son Heung-Min, do Tottenham.
Entre os técnicos, pelo segundo ano seguido o eleito foi
Jürgen Klopp, do Liverpool, à frente do alemão Hansi Flick, do Bayern de
Munique, e do argentino Marcelo Bielsa, do Leeds. Já a vencedora de melhor técnica
ficou com a holandesa Sarina Wiegman, que dirige a sua seleção nacional.
O time ideal masculino formou com: Alisson,
Alexander-Arnold, Van Dijk, Sergio Ramos, Alphonso Davies, Kimmich, De Bruyne,
Thiago Alcantara, Messi, Lewandowski e Cristiano Ronaldo. Neymar ficou fora e
Messi está presente pela 14ª vez consecutiva.
Já o feminino formou com: Endler, Bronze, Renard, Bright,
Cascarino, Bonansea, Verônica Boquete, Megan Rapinoe, Harder, Miedema e Tobin
Heath.
A briga pelo prêmio de melhor jogadora terminou com a
eleição da inglesa Lucy Bronze, ex-Lyon e hoje no Manchester City, derrotando a
francesa Wendi Renard e a dinamarquesa Pernille Harder.
Fonte: Estadão Conteúdo
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