Esta será a última parada do concerto em solo mineiro antes de os artistas saírem em turnê pelo continente europeu, onde irão se apresentar em seis países diferentes, entre janeiro e fevereiro de 2025.
O espetáculo, idealizado por Paulo Roberto Lage, aproximou as ladeiras de Olinda às montanhas de Minas ao passear com alegria pela história de Alceu, abrilhantada pela atmosfera sinfônica da Orquestra Ouro Preto, numa simbiose que apenas os verdadeiros encontros são capazes de alcançar. “Valencianas” reverencia a obra do artista e sua assinatura pessoal e intransferível no universo musical brasileiro, exaltando seus maiores sucessos e também lançando luz a outras joias de sua trajetória.
Para Alceu, trata-se de um olhar diferente sobre sua discografia. “Isso acontece muito em função do espírito da Orquestra Ouro Preto. São músicos jovens e muito talentosos, que contagiam pela destreza com que executam seus instrumentos e a maneira com que conseguem captar as nuances da minha música”, diz o compositor.
O resultado é um concerto vibrante, que, junto ao coro da plateia, quebra a formalidade usualmente associada às apresentações eruditas, mantendo a vivacidade e irreverência da obra original ao ser emoldurada por cordas magistralmente arranjadas por Mateus Freire.
No repertório, pérolas do cancioneiro brasileiro, com inspirações que vão dos ritmos nordestinos à ótica contemporânea, passam da bossa ao fado, sem abandonar o lirismo e a sensualidade, em versões para clássicos como “La Belle de Jour”, “Anunciação”, “Tropicana”, “Girassol”, “Como Dois Animais”, “Dia Branco”, “Taxi Lunar”, e muitas outras que, escolhidas a dedo por Alceu, conseguem emocionar os espectadores em arranjos com a marca da excelência da orquestra comandada pelo maestro Rodrigo Toffolo.
“Alceu é um ícone da música brasileira por sua eterna ousadia e contemporaneidade. Valencianas associa os gêneros do sertão e do agreste do Brasil, tão essenciais em sua obra, à música de concerto cheia de versatilidade da Orquestra. Uma maneira não só de homenagear este mestre, mas, também, a brasilidade profunda a que a obra de Alceu nos remete”, explica o regente, celebrando a oportunidade de compartilhar com as plateias de outros países a força e a criatividade da música feita no Brasil em todas as suas formas.
Histórico
“Valencianas I”, a primeira edição do espetáculo, começou a ser concebida em 2010, para celebrar os 40 anos de carreira de Alceu Valença, fruto do encontro com Paulo Rogério Lage, que há tempos planejava proporcionar contornos orquestrais à sua obra, juntamente com o maestro da Orquestra Ouro Preto e o homenageado. Até então, o trabalho do cantor e compositor pernambucano não havia recebido tal tratamento, o que representou uma experiência inédita na carreira de Alceu e um novo capítulo na música brasileira. O sucesso da parceria foi absoluto, levando milhares de pessoas a teatros e praças no Brasil e em Portugal.
Com a gravação do CD e DVD “Valencianas: Alceu Valença e Orquestra Ouro Preto”, em 2014, o trabalho, elogiado pela crítica e festejado pelo público, ganhou o Prêmio da Música Brasileira em 2015, como melhor disco de MPB, categoria de maior prestígio da tradicional premiação. Já nas mídias sociais e em aplicativos de streaming, o sucesso da parceria alcançou números inimagináveis, tanto para artistas da MPB, quanto para Orquestras.
“Valencianas II” já nasceu com grande adesão do público. Ainda antes da gravação do segundo disco, em 2019, o concerto foi acompanhado por mais de 35 mil pessoas em Recife, mais de 50 mil no Parque Ibirapuera, em São Paulo, além de duas sessões em Belo Horizonte com ingressos esgotados em poucos minutos de venda. O sucesso prosseguiu com o show de lançamento do disco, com um concerto gratuito na praia de Copacabana, no Rio, em agosto de 2022, assim como a apresentação do espetáculo na capital paulista, no Espaço Unimed, totalizando aproximadamente 100 mil pessoas nas duas cidades.
Em 2023 o concerto circulou pelo país com apresentações sempre prestigiadas pelo público, que entoava os sucessos do cantor em Brasília, João Pessoa, Olinda, Trancoso, Belo Horizonte, Rio de Janeiro, São Paulo e Vitória. Soma-se a isso o alcance nos meios digitais, com números significativos de acessos nas plataformas e canais de streaming.
Em 2025, o projeto segue para turnê na Europa, onde irá circular por cinco países do Velho Continente.
Sobre a Orquestra Ouro Preto
Uma das mais prestigiadas formações orquestrais do Brasil, a Orquestra Ouro Preto tem como diretor artístico e regente titular o Maestro Rodrigo Toffolo. Premiado nacionalmente, o grupo jovem vem se apresentando nas principais salas de concerto do Brasil e do mundo. A orquestra foi criada em 2000 e seu trabalho é marcado pelo experimentalismo e ineditismo.
A essência da Orquestra Ouro Preto está em tornar a música de concerto acessível e interessante ao público, tirando a música erudita das salas de concerto e levando até o público em um exercício de popularização do estilo. Por isso, maestro e músicos estão sempre atentos ao exercício de desmistificar o estilo, tornando-o atraente aos ouvidos de todos.
A fórmula escolhida pela Orquestra Ouro Preto para isso é a junção entre a excelência e a versatilidade, a mistura entre o clássico e os estilos mais populares, fazendo um encontro milenar da música clássica com o rock, a MPB e até o hip hop, linguagens amplamente difundidas e repletas de contemporaneidade. Parte daí a especial atenção do grupo à efervescência cultural da américa Latina, com foco na música brasileira de concerto e nas demais manifestações musicais de países vizinhos, assim como à pesquisa e difusão do repertório vinculado à Escola Mineira de Compositores do Séc. XVII
Serviço
Valencianas: Alceu Valença e Orquestra Ouro Preto, em Belo Horizonte
Data: 26 e 27 de julho de 2024, sexta e sábado
Horário: Às 20h30
Local: Grande Teatro do Palácio das Artes (avenida Afonso Pena, 1.537, centro)
Ingressos: No site Eventim ou na bilheteria do teatro
Mais informações: www.orquestraouropreto.com.br
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