"Sabia desde o começo que a Bia havia tido um jogo duro nas simples e que eu teria que chamar um pouco a responsabilidade na dupla. Mas, o principal foi entender que, ao mesmo tempo, não precisaria me preocupar com ela e foquei no meu jogo. Conversamos antes, falamos como teríamos que jogar e na hora nos viraríamos se desse algo diferente. Isso é uma confiança minha no que ela vai entregar e me deixou tranquila para começar com energia lá em cima. Conseguimos largar bem e manter a energia em todos os games", disse Luisa, tenista patrocinada pelo Banco BRB, BRB Seguros, Fila, Parmalat Whey Fit e que conta com os apoios da Engie CBT, Green People, Liga Tênis 10, Bolsa Atleta, Head e JFL Living.
Luisa comentou sobre aspectos diferentes desta Olimpíada para a de 2021, quando foi bronze, ao lado de Laura Pigossi, na histórica primeira medalha olímpica do tênis brasileiro, em Tóquio. "Olimpíada amo muito jogar, a última foi indescritível. Com a Bia é sempre bom, nosso jogo encaixa muito bem. Curto muito jogar com ela. Sabemos o que temos que fazer e, se não fizermos, temos ciência do que deveria ter sido feito. Isso dá muita tranquilidade, pelo menos para mim, de que nossa capacidade e preparação foi feita e é só performar. Eu confio no jogo dela", explicou.
"Tóquio não tinha público, a Vila Olímpica era diferente, tudo diferente, aqui é outra superfície. Aqui tem família, público, parceira incrível do lado, um time muito fera do lado de fora. Estou feliz para caramba de estar aqui, tento aproveitar esses momentos. O sentimento traz o jogo para mim também. Hoje fizemos uma ótima estreia", completou.
A dupla volta a jogar nesta quarta-feira (31) diante das vencedoras do duelo entre as alemãs Laura Siegemund e Angelique Kerber e as britânicas Katie Boulter e Heather Watson, partida marcada para esta terça-feira (30).
Fazendo história no tênis - A paulistana Luisa Stefani, 26 anos, conquistou ao lado da parceira Laura Pigossi, a inédita medalha de bronze nas Duplas Femininas nos Jogos Olímpicos de Tóquio em 2021. Outra grande conquista foi o título de Duplas Mistas no Australian Open, em 2023, a primeira dupla de brasileiros a vencer um Grand Slam, ao lado de Rafael Matos.
Durante a semifinal do Us Open 2021, Luisa sofreu uma grave lesão no joelho, passou por cirurgia e se afastou do circuito profissional. No retorno, após um ano de recuperação, conquistou vários títulos: WTA 500 de Berlim (Caroline Garcia, 2023), WTA 500 de Abu Dhabi (Shuai Zhang, 2023); WTA 500 de Adelaide, na Austrália (Taylor Towsend, 2023); WTA 125 de Montevidéu, no Uruguai (Ingrid Martins, 2022); WTA 1000 de Guadalajara, no México (Storm Hunter, 2022); WTA 250 de Chennai, na Índia (Gabriela Dabrowsky, 2022). Iniciou a atual temporada em grande estilo, conquistando o WTA 1000 de Doha, no segundo torneio jogando ao lado da holandesa Demi Schuurs.
Início da carreira - Luisa sempre foi uma amante dos esportes e começou a jogar tênis aos 10 anos, em São Paulo (SP). Em 2011, se mudou para os Estados Unidos para estudar e seguir no tênis, atingindo o 10º lugar no ranking mundial juvenil. A transição do juvenil ao profissional sedeu por meio do forte Circuito Universitário Americano de Tênis, jogando pela Pepperdine University, na Califórnia. Em 2019 sua carreira profissional se destacou nas duplas e começou a colher resultados, conquistando o primeiro título no WTA de Tashkent, entre outros ITF e WTA. Daí para frente, comemorou vitórias e títulos, subindo no ranking mundial, chegando a ocupar a nona colocação – conquistando sua posição entre as dez melhores do ranking WTA.
Nenhum comentário:
Postar um comentário