sexta-feira, 30 de junho de 2017

Tênis de rodinha pode causar problemas na coluna

Foto: Divulgação
Sinônimo de diversão entre as crianças, os tênis de rodinha têm ganhado cada dia mais adeptos. Difundido em todo o Brasil, o produto atrai pela facilidade de sair deslizando nas ruas, além da variedade de cores, enfeites e diferenciais. No entanto, é preciso ter atenção com os riscos que o produto pode proporcionar à saúde, uma vez que a maioria das crianças não utilizam esses tênis de maneira adequada.


De acordo com o ortopedista Leonardo Cézar, do Hapvida em Campina Grande, o uso errado do tênis é o principal problema. “Quando não estão deslizando, as crianças andam na ponta dos pés, o que pode causar inúmeros problemas, principalmente, nas que estão em fase de crescimento musculoesquelético. Pisar da forma errada gera inúmeras alterações estruturais, por exemplo: os ombros vão para trás e a cabeça para frente, alterando a angulação da coluna trazendo prejuízos à coluna cervical, dorsal e lombar, além de aumentar as chances de alteração postural, como a escoliose”, explica.

O especialista esclarece que o uso contínuo e inadequado desses tênis podem ocasionar problemas ainda maiores para a saúde das crianças, como o encurtamento dos tendões do tornozelo e dos pés, o que causa desconforto e dores. Além disso, pode haver sobrecarga nos ligamentos dos joelhos e quadris, bem como aumentar a incidência de lesões ocasionadas por traumas que estão relacionados com a falta de equilíbrio e a não utilização dos equipamentos de segurança.

Por causa disso, a orientação do ortopedista é que os tênis de rodinha sejam usados como patins, já que são considerados brinquedos e não calçados. “Esse tênis deve ser utilizado com os equipamentos de segurança, em média de uma a duas horas por dia, no máximo. É fundamental o uso racional dele, com supervisão de um adulto. É indicado o uso de capacetes, protetores de cotovelos e joelhos, além de verificar se é confortável por dentro, se tem um bom apoio e se prende bem no tornozelo da criança”, finaliza Leonardo Cézar.

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