Isso ocorrerá nos primeiros minutos após as 17h, no nascer da Lua. E mesmo assim, com apenas 6% de cobertura máxima. Como o satélite estará próximo do horizonte nesse horário, a recomendação é ir a um ponto alto ou encontrar uma área desobstruída com visão livre para o leste para a melhor visualização do eclipse.
E assim como no último evento, os moradores da região Sudeste serão prejudicados pelo clima, que tem previsão de estar fechado e chuvoso. Em São Paulo, por exemplo, o melhor horário para a observação do eclipse penumbral será às 18h19.
Esse será o momento em que o eclipse atingirá sua maior magnitude enquanto toda a Lua está acima do horizonte em São Paulo. No entanto, o verdadeiro ponto máximo do eclipse não pode ser visto no estado porque a Lua estará abaixo do horizonte nesse momento.
Se o clima não ajudar ou você estiver numa faixa sem muita visibilidade do eclipse, o Observatório Nacional anunciou que fará uma transmissão ao vivo do evento.
Para que ocorra um eclipse lunar penumbral dois eventos celestes devem ocorrer ao mesmo tempo: a Lua deve estar na fase de Lua Cheia. E Sol, Terra e Lua devem estar quase alinhados, mas não tão alinhados como durante um eclipse parcial.
"Temos dois tipos de sombra: a penumbra e a umbra. A primeira é uma sombra clara que ainda recebe luminosidade do Sol. Quando a Lua está completamente mergulhada nessa sombra ocorre o eclipse penumbral e não se percebe diferença no brilho da Lua. Já a umbra é a sombra escura que não tem mais nenhuma luminosidade do Sol. Quando a Lua vai entrando nesta sombra temos o eclipse parcial. Quando está totalmente mergulhada na umbra ocorre o eclipse total da Lua", explica a astrônoma Josina Nascimento, do Observatório Nacional.
No caso do eclipse lunar deste sábado, os brasileiros não terão a visão do eclipse total, apenas nos estágios penumbral e parcial;
A região que terá a melhor visibilidade do fenômeno inclui os estados do Ceará, Pernambuco, Paraíba, Alagoas, Sergipe e Rio Grande do Norte, e parte dos estados de Minas Gerais, Bahia, Maranhão e Piauí. Nesses locais será possível observar o eclipse parcial no nascer da Lua, mas a cobertura máxima será de apenas 6%. Nas demais localidades, o eclipse será penumbral, já que a Lua terá passado pela fase parcial antes de surgir no horizonte.
Diferentemente do eclipse solar, que pode ser total, parcial ou anular (quando aparece o anel de fogo), o eclipse lunar possui sete estágios:
- Início do eclipse penumbral: começa quando a parte penumbral da sombra da Terra começa a se mover sobre a Lua. Essa fase não é facilmente vista a olho nu;
- Início do eclipse parcial: a umbra da Terra começa a cobrir a Lua, tornando o eclipse mais visível;
- Início do eclipse total: a umbra da Terra cobre completamente a Lua, que fica vermelha, marrom ou amarela;
- Eclipse máximo: é o meio do eclipse total;
- Fim do eclipse total: nesta fase, a umbra da Terra começa a se afastar da superfície da Lua;
- Fim do eclipse parcial: a umbra da Terra deixa completamente a superfície da Lua; e
- Fim do eclipse penumbral: o eclipse termina e a sombra da Terra se afasta completamente da Lua.
Observar um eclipse lunar total ou parcial não requer equipamento especial. Eles podem ser vistos com segurança a olho nu.
Em 2024, outros dois eclipses lunares serão visíveis no Brasil: um penumbral em 25 de março e um parcial entre 17 e 18 de setembro. Os brasileiros só voltarão a observar um eclipse lunar total, quando a Lua fica avermelhada, em 14 de março de 2025.
Fonte: Folhapress/Claudinei Queiroz
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