Localizada no piso superior do museu, a Sala Imbalança
oferece aos visitantes a experiência gratuita da musicalidade do Sertão
pernambucano. O espaço é visitado por grupos, que por intermédio de
músicos-educadores, podem aprender a tocar instrumentos musicais utilizados no
forró e demais gêneros populares do Nordeste. O público tem acesso às técnicas
de manuseio da sanfona, zabumba, triângulo, agogô de cocos, pífano e rabeca,
entre outros instrumentos. Este ano, devido ao protocolo sanitário que regula
os cuidades para se evitar a disseminação da Covid-19, o público não está com acesso
à área.
O Cais do Sertão, cuja missão é proporcionar a
representatividade dos pernambucanos a partir de seu acervo, competiu com mais
dez ações do Estado. “Sermos um dos vencedores do prêmio nos honra e nos motiva
a fortalecer ainda mais o papel do Cais como instrumento de difusão e
manutenção das nossas riquezas culturais”, comenta o secretário de Turismo e
Lazer, Rodrigo Novaes.
Desde o início da pandemia, o Cais do Sertão adaptou todas
as suas atividades para as plataformas online, promovendo debates, rodas de
conversa e playlists temáticas. Todas as ações foram idealizadas pelo time de
profissionais que compõem os setores de conteúdo e educativo do centro
cultural. “Este prêmio é um reconhecimento significativo para o museu e para o
trabalho do time educativo do equipamento. Nesse momento de pandemia, os museus
foram um dos segmentos que mais sofreram entraves ao longo dos meses e, com o
trabalho interativo nas redes sociais, conseguimos dar continuidade ao nosso
objetivo de propagar a cultura genuinamente nordestina”, salienta a gestora do
Cais do Sertão, Maria Rosa Maia.
Além do Cais do Sertão, a edição premiou outros projetos de
sucesso do Estado. Entre as iniciativas, foram contempladas as ações de
integração do Pátio Criativo, da Prefeitura do Recife, e de preservação da
cultura popular com o Canal Babau: Salvaguarda do Mamulengo de Pernambuco,
Patrimônio do Brasil, de Wagner Porto Cruz.
O Prêmio Rodrigo de Melo Franco foi promovido pelo Instituto do Patrimônio
Histórico e Artístico Nacional (Iphan) e, desde 1987, preocupa-se em valorizar
os espaços e projetos que visam à preservação cultural do País. Este ano, houve
recorde de inscrições: no total, 515. Na etapa final, foram selecionadas 12
ações no campo do Patrimônio Cultural Brasileiro. Cada premiado receberá o
valor de R$ 20 mil.
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