Durou apenas dois jogos a participação do Corinthians na Copa do Brasil. Com mais uma apresentação fraca, empatou com o América-MG por 1 a 1 no Independência e deu adeus nas oitavas de final da competição. Agora resta apenas o Brasileirão aos paulistas. Os mineiros chegam às quartas de final pela primeira vez na história.
Mesmo sem jogar bem, o Corinthians ainda saiu na frente em
Belo Horizonte e chegou a sonhar com a decisão por pênaltis. Mas uma penalidade
aos 38 minutos do segundo tempo acabou com o sonho de reverter a derrota por 1
a 0 sofrida em São Paulo.
O Corinthians pela terceira vez no ano lamenta um revés nos
mata-matas. Já havia decepcionado seu torcedor nas fases preliminares da
Libertadores diante do Guaraní, do Paraguai. E perdeu a decisão do Paulistão
para o rival Palmeiras. Se dedicará a evitar um vexame no Brasileirão, no qual
ainda luta contra o rebaixamento.
A necessidade de reverter a derrota em casa não fez Vagner
Mancini escalar um Corinthians mais ofensivo. Impossibilitado de usar Fábio
Santos e Otero, optou pelo óbvio: Lucas Piton e Mateus Vital.
Na frente, Davó isolado crente que receberia novamente um
belo passe de Cazares como ocorreu diante do Internacional. Faltou apenas dizer
que os mineiros jogavam pelo empate e não iriam se abrir como o Internacional
fez no sábado.
Foi um primeiro tempo ao "melhor" estilo
Corinthians: com sonolência, sem criatividade e nenhum força ofensiva. Pior,
com show de erros de passes, proporcionando contragolpes perigosos não
aproveitados pelo América.
Cássio trabalhou bastante, enquanto Matheus Cavichioli teve
a vida facilitada pela carência de finalizações corintianas. Um cabeceio sem
força de Marllon e um chute de Xavier foi o repertório ofensivo dos comandados
de Mancini.
Para piorar, Cazares ainda sentiu uma lesão no posterior da
coxa esquerda com meia hora de bola rolando e pode ser desfalque por algumas
rodadas. Sábado, por exemplo, dificilmente encara o Atlético-GO, fora de casa.
A esperada ousadia de Mancini com uma mudança de postura não
apareceu, pois apenas fez trocas dos volantes. O treinador corintiano,
precisando da vitória, voltou com dois novos jogadores de marcação.
Reforçou a pegada, mas deu sorte com boa trama de seus
jogadores de frente. Davó recebeu, partiu para cima do zagueiro Anderson Jesus
e foi derrubado na área. O árbitro marcou tiro de meta, mas o VAR corrigiu a
marcação. Após quatro minutos, Fagner abriu o marcador.
Com vantagem de 1 a 0, o Corinthians devolvia a derrota
sofrida em casa, há uma semana. E a decisão estava aberta, com possibilidade de
pênaltis. Rodolfo, porém, quase empatou logo a seguir. Bateu raspando a trave
de Cássio.
O jogo ficou aberto com ataques desorganizados de ambos os
lados Faltava técnica para os dois times. Um escanteio para o Corinthians quase
virou gol do América-MG. A zaga afastou e Everaldo mandou para o alto, tentando
recuar para Cássio. O goleiro saiu da área e não afastou. Ademir bateu para o
gol aberto e Fagner salvou.
O Corinthians se salvou no primeiro lance, mas nada pôde no
segundo. A noite não era do time. Em um lançamento, Lucas Piton correu para dar
combate e a bola bateu em sua mão. Ele estava de costas, mas o pênalti foi
anotado.
Rodolfo cobrou, Cássio resvalou na bola, porém entrou. O
Corinthians ainda buscou o triunfo nos minutos finais. Em chuveirinhos para a
área. Fechou o jogo no desespero e mostrando a desorganização que o acompanha o
ano todo.
Por Fabio Hecico, especial para a AE
Estadão Conteúdo
Foto: Rodrigo Coca/ Ag. Corinthians
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