Em jogo atrasado da sexta rodada do Campeonato Brasileiro, o Grêmio não encontrou dificuldade para despachar o Goiás nesta segunda-feira. Em casa, o time gaúcho venceu por 2 a 1, chegou à marca de 14 partidas sem perder na temporada, consolidou a boa fase e encostou nos líderes.
Os anfitriões dominaram o adversário, mas não construíram
uma goleada em razão das difíceis defesas do goleiro Tadeu, que, no entanto,
foi responsável direto pelo primeiro gol de Jean Pyerre ao falhar na saída de
bola. Na etapa final, não teve culpa no gol de Maicon. O time goiano descontou
com o jovem João Marcos.
O Grêmio é o sétimo colocado, com 37 pontos, mesma pontuação
de Inter, Palmeiras e Santos, que aparecem à frente, na quarta, quinta e sexta
posições, respectivamente, por terem mais vitórias. São 11 triunfos e três
empates nas últimas 14 partidas do time de Renato Gaúcho, que superou Oswaldo
Rolla e se tornou o técnico que mais vezes dirigiu a equipe, com 384 jogos.
Lanterna do Brasileirão, o Goiás estava confiante pelos dois
últimos resultados - vitória sobre o Palmeiras e empate com o Fortaleza fora de
casa. No entanto, voltou a ser derrotado e segue afundado na última posição,
com 16 pontos, a nove do Sport, o primeiro fora da zona do rebaixamento.
O Grêmio tem compromisso pelo jogo de volta das oitavas da
Libertadores contra o Guaraní, do Paraguai, na próxima quinta-feira, em casa.
Depois, no domingo, às 16 horas, recebe o Vasco, em duelo da 24ª rodada do
Brasileirão. No dia seguinte, às 20 horas, o Goiás encara o Atlético-GO.
Atuando em sua arena, o Grêmio jogou com quase toda a força
máxima e foi superior ao Goiás em boa parte da partida, especialmente no
primeiro tempo, em que só não desceu aos vestiários com larga vantagem porque
não estava com a pontaria tão afiada e em virtude da atuação de Tadeu, que
fechou o gol.
Aos seis, o goleiro defendeu o cabeceio de Diego Souza. Dois
minutos depois, ele reapareceu para salvar o time goiano em finalização de Luiz
Fernando. Tadeu, porém, cometeu um erro grave ao sair jogando e deu um presente
para Jean Pyerre.
O meio-campista finalizou praticamente com a meta aberta e
abriu o placar aos 18 minutos para marcar seu quinto gol no ano, o quarto nos
últimos seis jogos, e consolidar a boa fase. No lance, destaque para a marcação
por pressão da equipe, dificultando a saída de bola do rival.
Muito recuados, os visitantes só foram responder aos 30
minutos, com Fernandão, que parou em Vanderlei em arremate na grande área Foi a
única oportunidade perigosa da equipe esmeraldina, que atuou em Porto Alegre
buscando apenas o empate.
No final, os anfitriões ainda perderam mais duas chances,
ambas com Ferreira, outro a ser barrado por Tadeu. Na primeira, o atacante
recebeu ótimo passe em profundidade de Jean Pyerre e finalizou rasteiro para a
linda defesa do goleiro esmeraldino, com os pés.
O confronto foi franco na etapa final. O time gaúcho seguiu
no ataque na tentativa de ampliar o placar, e os goianos, em desvantagem,
voltaram mais organizados com as alterações promovidas por Glauber Ramos e
decidiram apostar nos contra-ataques. A nova postura quase deu resultado aos seis
minutos, quando David Duarte cabeceou na trave após escanteio da direita.
A equipe de Renato Gaúcho respondeu aos 15 e também acertou
a trave, em arremate de Luiz Fernando. Quatro minutos depois, o Grêmio chegou
ao segundo gol. Jean Pyerre, melhor em campo e um dos poucos meias clássicos do
futebol brasileiro, deu lindo passe para Ferreira na ponta esquerda.
O jovem cruzou rasteiro para Maicon mandar para as redes. O
meio-campista comemorou duas vezes, já que o lance havia sido anulado por
impedimento. Mas depois o gol foi confirmado, com a revisão do VAR.
Com 2 a 0 no placar, o Grêmio poderia jogar tranquilo para
administrar o resultado. No entanto, deu espaços ao Goiás, que não demorou a
reagir e diminuiu aos 25 minutos.
O jovem atacante João Marcos, que acabara de entrar, recebeu
nas costas da defesa e bateu forte para as redes para marcar o seu primeiro gol
como profissional. A reação não passou disso e a equipe gaúcha conseguiu
sustentar o triunfo até o final.
Por Ricardo Magatti, especial para a AE
Estadão Conteúdo
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