Sob a orientação das docentes Bruna Nascimento e Annielly
Trindade, as alunas realizam todos os processos necessários para transformarem
o mesocarpo do maracujá (parte branca interna) no picles. Isso inclui a
lavagem, o corte e o branqueamento das frutas, processo térmico realizado
dentro do laboratório de Processamento de Frutas e Hortaliças da instituição. O
produto pronto é acondicionado em potes de vidro e recebe a salmoura - uma
mistura bem dimensionada de água, açúcar, sal e vinagre, capaz de oferecer o
tradicional gosto de picles ao produto. Ao final desse trajeto, o produto está
pronto para ser vendido e pode chegar ao consumidor pelo valor de R$ 1,50.
“Nossa proposta é realizar o aproveitamento total do
alimento, e não apenas da polpa. Muitas vezes, a casca não tem destino nenhum
e, quando utilizada, serve apenas como adubo. O Brasil é o maior produtor de
maracujá do mundo e 60% dessa produção está concentrada no Nordeste e por isso
existe potencial nesse projeto. O ConservaJá é riquíssimo em nutrientes,
acessível a todas as classes econômicas e pode ser utilizado de diversas
maneiras, como ingrediente de sanduíches, petisco e em tábuas de frios”,
explica a docente Bruna Nascimento.
No total, a competição conta 80 trabalhos, desenvolvidos em
16 estados da Federação. Pernambuco, ao todo, entrará na disputa com três
projetos. Além de desenvolver os produtos, as estudantes também trabalharam em
todas as etapas de desenvolvimento do negócio, da concepção até a negociação
com possíveis investidores e clientes. Para a aluna Alice Novaes, 22 anos, a
disputa foi uma experiência ímpar e de muito aprendizado. "Apesar da
pandemia do novo coronavírus, que dificultou o processo de desenvolvimento do
projeto, aprendi que podemos, sim, inovar de forma simples e com esse tipo de
atitude mudar um pouco o mundo", ressalta.
Já Vitória Morganna, também de 22 anos, além de destacar a importância do projeto, afirmou que aprendeu uma lição para toda vida. "Aprendi que nada na nossa vida se perde, mas tudo pode ser reaproveitado - e na área de alimentos não é diferente. Com isso, aprimoramos ainda mais técnicas e nos aprofundamos na área de frutas e hortaliças. Estamos com expectativas positivas para conseguir alcançar o mercado com produtos palatáveis e ainda, quem sabe, subir ao pódio em primeiro lugar", conclui.
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