Foto: Divulgação |
Estreia na próxima quarta-feira (24/07), o maior espetáculo
ao ar livre do Sertão do Pajeú, em Serra Talhada, “O Massacre de Angico – A
Morte de Lampião”. A peça chega à oitava edição trazendo novos cenários,
trilhas renovadas e grandes alterações no elenco, tudo isso, sob a direção do
ator, diretor teatral e psicólogo, Izaltino Caetano. A expectativa dos organizadores
é reunir mais de cinquenta mil pessoas, nos cinco dias de apresentações que
acontecem até o dia 28/07, sempre a partir das 20h, na Estação do Forró, que
fica na rua Dr Adolfo Bezerra Sampaio, no bairro São Cristovão. A entrada é
gratuita.
Com cenas de relances quase cinematográficos, O Massacre de
Angico – A Morte de Lampião - reconta a vida do Rei do Cangaço, desde o
desentendimento inicial de sua família com o vizinho fazendeiro, Zé Saturnino,
ainda em Serra Talhada. Para evitar uma tragédia iminente, e que de fato
aconteceu, seu pai, Zé Ferreira, fugiu com os filhos para Alagoas, mas acabou
sendo assassinado por vingança. Revoltados e para fazer justiça com as próprias
mãos, Virgolino Ferreira da Silva e seus irmãos entregaram-se ao Cangaço,
movimento que deixou muito político, coronel e fazendeiro apavorado nas décadas
de 1920 e 1930 no Nordeste. Temidos por uns e idolatrados por outros, os
cangaceiros serviram como denunciantes das péssimas condições sociais daquela
época, tanto que a honra e bravura de Lampião foram decantadas pelos poetas
populares, ao mesmo tempo em que o Governo o via como uma doença que precisava
ser eliminada.
Esta tragédia verdadeira é o tema do grandioso espetáculo ao
ar livre e gratuito “O Massacre de Angico – A Morte de Lampião”, concebido a
partir do texto dramatúrgico escrito pelo pesquisador do Cangaço, Anildomá
Willans de Souza, natural de Serra Talhada, mesma cidade onde Virgolino
Ferreira da Silva, o Lampião, nasceu.
De acordo com o pesquisador Anildomá Willans, o diferencial
que conduz toda esta história é o aspecto apresentado deste homem ícone do
Cangaço, visto por outro viés, bem mais humano. “Mostraremos ao público um
Lampião apaixonado, que sente medo, afetuoso, que não era somente a guerra
travada contra os coronéis e fazendeiros, contra a polícia e toda estrutura de
poder, mas um homem que amava as poesias e sua gente”, revela o pesquisador,
“misturando o folclore e o real, para que seja, de fato, mostrado o Lampião do
imaginário popular”, completa .
Elenco: Os atores do espetáculo são filhos da terra, de
Serra Talhada, mas também do Recife e Olinda, e conta ainda com a atriz/cantora
Roberta Aureliano, que interpreta Maria Bonita e é natural de Maceió, Alagoas,
mas passou toda a infância em Serra Talhada.
O ator e dançarino Karl Marx, de apenas 28 anos, vive o
protagonista. Integrante do Grupo de Xaxado Cabras de Lampião, ele comemora 14
anos à frente do mesmo papel, em outras montagens. “A responsabilidade é grande
porque trata-se de uma personagem que mexe com a imaginação das pessoas, que
influenciou a cultura popular sertaneja, os valores morais e até o modo de
viver do nosso povo. Para mim, que sou da terra de Lampião, que nasci e me
criei ouvindo histórias sobre esses homens que escreveram nossa história com
chumbo, suor e sangue, me sinto feliz e orgulhoso pela oportunidade de revelar
seu lado humano, suas emoções, seus medos e todos os elementos que o
transformaram nessa figura mítica”, afirma Karl Marx.
O espetáculo acontece em cima de uma ribanceira de terra
batida (mas sem ser necessária a itinerância do público e com visão
privilegiada para todos), durante 1h40 a encenação ocorre, contando com uma
arrojada trilha sonora iluminação detalhista e muitos efeitos especiais.
Os principais personagens da trama são: Lampião (Karl Marx),
Maria Bonita (Roberta Aureliano), Sila (Karine Gaya), Enedina: (Danny Feitosa),
Dulce (Anny Ldeney Araújo), Maria de Juriti (Eriane Freitas), Zé Ferreira
(Jadenilson Gomes), Sinhá (Adriana Silva), Sargento Zé Lucena (Sebastião
Costa), Zé Saturnino (Alexsuel Nicolau), Dona Bela(Gorete Lima), Luiz Pedro
(Lúcio Fábio), Zé Sereno (Gildo Alves), Jiboião (Gilberto Gomes), Anjo Caboclo
(Modesto Barros), Cap. Arlindo Rocha (Jefferson Nascimento), Padre Cícero
(Feliciano Felix), Getúlio Vargas (Antonio Alexandre), Menino de Angico (Otavio
Alexandre), Pedro de Cândida (Beto Filho) e João Bezerra (Sebastião Costa).
O espetáculo O Massacre de Angico – A Morte de Lampião é uma
realização da Fundação Cultural Cabras de Lampião, com o incentivo cultural do
Funcultura; Fundarpe; Secretaria Estadual de Cultura, Governo de Pernambuco e
Prefeitura Municipal de Serra Talhada.
SERVIÇO:
Espetáculo “O Massacre de Angico – A Morte de Lampião”
Período: de 24 a 28 de julho.
Horário: às 20h.
Local: Estação do Forró (antiga Estação Ferroviária).
Entrada gratuita
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