Em “Seu Fim”, Cleo divide os vocais com Johnny Hooker e a música traz o melhor das vozes dos artistas em um arranjo repleto de referências ao fado e ao flamenco. Irreverente e poderosa, a canção encerra o álbum e o ciclo de violências. Com DARK POP, Cleo propõe uma reflexão sobre relações abusivas, amor-próprio e fala da descoberta de uma força interna que pode nos fazer enxergar outras perspectivas em situações difíceis.
Faixa a Faixa – DARK POP
Inferno
Com influências do Pop e Hip-Hop, a canção fala sobre o inferno de cada um, que pode estar na própria mente e nos relacionamentos abusivos. A deslegitimação da figura feminina nos mais diversos âmbitos cria esse ambiente infernal e esse costume com a dor e a pressão. Todo esse caos é refletido em um arranjo denso, desconcertante e, ao mesmo tempo, viciante. A música utiliza sample de “Ardendo Assopra”, hit de Tati Quebra Barraco.
Karma (feat King)
Um som com pegada bem urbana, combinando beat e samples de trap, com guitarras distorcidas, que marcam o apogeu da canção. Esse clima é realçado pela participação especial da cantora King, uma das apostas de rap do momento. Karma é uma resposta aos narcisistas que tentam nos calar, aos ataques e julgamentos, que nos estigmatizam e nos sugam energias de movimento.
Vício
Dando uma voz mais melódica ao projeto, Vício é uma balada pop rock que se conecta bastante com a sonoridade dos anos 2000. Em meio a tanto caos, a canção traz uma conexão sentimental com a esperança de se manter uma relação tóxica. Superar o vício em álcool e drogas é, de acordo com a letra, mais palpável do que superar o ciclo de violências e abusos dentro de um relacionamento.
Tormento (feat Karol Conká e Azzy)
A canção lançada em parceria com Karol Conká e Azzy entra no álbum com a maior pegada de Dark Pop. Com influências do Hard Rock no arranjo, a música é uma resposta à opressão sofrida pelas mulheres, enaltecendo a potência do poder feminino e sua capacidade de romper com esse ciclo e ocupar seu lugar dentro da sociedade, de maneira livre, expondo seus desejos e ambições.
Fuck
Sensual e envolvente, Fuck é uma canção repleta de distorções tanto em seu arranjo pop rock industrial, quanto na interpretação dúbia dos prazeres que se almejam na letra. O ouvinte é envolvido nessa atmosfera sobre o que é prazer e o que é uma necessidade de fuga da realidade e preenchimento do vazio dentro de um ambiente tóxico. O clipe trata das compulsões alimentares e do prazer sexual através de símbolos e figuras de linguagem.
Mente Pra Mim
Com inspiração nas divas POP, na era Disco e Vogue, a dançante Mente Pra Mim fala sobre o jogo de manipulação e mentiras dentro de relações abusivas. O vai e volta cada vez mais machucado e dependente, a perda de força e noção do que é real e o que é manipulado para favorecer o abusador.
Todo Mundo Que Amei Já Me Fez Chorar
Inspirada na experiência de cancelamento e no poder das fake news de abalar o psicológico e a imagem de suas vítimas, a faixa leva o nome do primeiro livro de Cleo e é o mote do álbum. O arranjo dançante combina elementos da música eletrônica dos anos 80 e do pop atual, criando um cenário futurista que dialoga com a mensagem. O clipe, com mais de milhão de views, traz à tona a fake news que envolveu a cantora e sua família em 1998, alegando que Cleo, na época com 14 anos, havia sido encontrada na cama com o seu padrasto.
Ânsia
É uma faixa mais emocional. Em sua duração curta, envolvida no arranjo de piano, voz e guitarra, a canção fala sobre o estado que as pessoas ficam quando percebem a verdadeira face de quem elas estão amando.
Você Não Sabe Amar (feat Chameleo)
A música conta com a participação do cantor Chameleo e é imersa em um arranjo ousado, que combina o pop rock e o trap. Você Não Sabe Amar carrega uma mensagem libertadora no maior clima de volta por cima, falando do narcisista que mantém as relações só para alimentar o próprio ego. O dano psicológico revelado ao longo do álbum se revela causado por este comportamento nocivo de quem não ama ninguém, somente a si mesmo.
Seu Fim (feat Johnny Hooker)
Nesta faixa, Cleo divide os vocais com Johnny Hooker. A música traz o melhor das vozes dos artistas em um arranjo repleto de referências ao fado e ao flamenco. Irreverente e poderosa, a canção encerra o álbum e o ciclo de violências.
Sobre Cleo e a carreira musical
Cleo deu o start na música em 2017 com a trilha sonora “Take Me”, feita especialmente para o seu site oficial, e se juntou ao produtor Guto Guerra para gravar composições, entre elas algumas de sua autoria. Ainda em 2017, ela lançou o seu primeiro EP, “Jungle Kid”, que possui cinco faixas – três em inglês e duas em português. Mais tarde, lançou o clipe da faixa homônima do álbum, que tem a direção do film maker Jacques Dequeker e o clipe de ‘Bandida’. O EP foi um grande sucesso nas plataformas digitais, tendo mais de 2 milhões de reproduções, levando Cleo a ser capa da playlist “Pop Brasil”, do Spotify, e atingiu a playlist 50 Virais do Mundo (com a faixa “Bandida”) e 50 Virais do Brasil (com os hits “Jungle Kid” e “Bandida”).
Logo após o lançamento do primeiro EP, Cleo fez uma parceria de sucesso com a cantora Alice Caymmi em um remix da música “Sozinha”. Em 2018, ela lançou o seu segundo EP intitulado “Melhor Que Eu”. No ano seguinte, em 2019, ela fez uma parceria musical com a cantora Pocah com o single “Queima”. No final de 2021, a cantora apresentou ao público o single “Tormento”, parceria musical com Karol Conká e AZZY. Outro trabalho musical da artista foi a produção do álbum “Me Tira da Mira”, trilha sonora do filme homônimo protagonizado por Cleo. Em 2022, a cantora participou da música “bom ator” do Number Teddie e foi convidada do jovem para dividir o palco com ele no Rock in Rio. No mesmo ano, a multiartista lançou o single “Todo Mundo Que Amei Já Me Fez Chorar” acompanhado de um videoclipe.
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