Nome de destaque na cena musical pernambucana, a cantora e multi-instrumentista Bia Villa-Chan já gravou com Alceu Valença, venceu o Troféu Gonzagão e agora aterrissa na capital baiana para show com participações dos irmãos Armandinho e Aroldo Macêdo, filhos do saudoso Dodô. A apresentação “Conexão Recife-Salvador” será no Teatro Isba, em 30 de novembro, a partir das 20h.
Os ingressos já estão à venda, na bilheteria do local e através do site Ingresso Rápido. “Bia tem sido uma representante da música instrumental brasileira de suma importância para nossa história musical, com um instrumento que até hoje a gente só viu homem tocando.
Ela é muito boa multi-instrumentista e cantora, uma grande musicista”, elogia Armandinho, com quem a recifense gravou a inédita “Morena Jambê”, de Don Tronxo, Edinho Queiroz e Marcondes Savio, e uma releitura do clássico “Vida Boa”, do guitarrista baiano. “Ter gravado com ela foi grande homenagem, inclusive ao trio elétrico. Vejo como uma conciliação geral até da música pernambucana com a baiana, do frevo pernambucano com o frevo baiano, de sotaque baiano, com guitarra baiana.
Eu sou neto de pernambucano e a gente herdou esse micróbio do frevo”, completa ele, que alimenta expectativas de parcerias durante a Folia de Momo. A destreza no manuseio do bandolim, a voz suave e serena e a presença de palco imponente são características inatas à artista autodidata, atributos reconhecidos e valorizados por artistas consagrados como o maestro Spok.
Uma parceria entre os dois na interpretação de “Último Dia” viralizou pelas redes sociais e foi responsável por chamar a atenção de Armandinho. Ambas as faixas estarão no próximo disco dela, “GiraSons”, composto por mais seis faixas: as releituras “Pirata José”, de Alceu Valença, com participação do próprio compositor, “Duda no Frevo”, de Senô, e “Feira de Mangaio”, de Sivuca e Glorinha Gadelha, e as inéditas: “Aldeia”, de Nosly Marinho e Zeca Baleiro, e “Rumo do Céu e do Mar”, de Edinho Queiroz, Dom Tronxo, Marcondes Savio e Gilvandro Filho.
Todas estarão no roteiro do show. A fina conexão entre Bia e o bandolim chama a atenção de artistas, críticos e do público em geral. A carreira artística em plena ascensão tem se caracterizado por combinar a valorização da cultura do estado com a renovação sonora a partir da releitura criativa dos clássicos da música regional, atributos ressignificados como passaporte artístico para a participação em festivais prestigiados, eventos carnavalescos como o Galo da Madrugada, no qual comanda um trio elétrico, premiações regionais e parcerias com músicos renomados. Mulher e instrumentista, Bia Villa-Chan faz da própria trajetória um gesto de incentivo à atuação artística feminina no virtuosismo e na seara da música de tradição regional, elementos com poder de criar identidade cultural e ainda associados, majoritariamente, a protagonistas masculinos.
Não raro, a cantora sobe ao palco vestida com roupas nas quais está inscrita a mensagem “Toque como uma mulher”, expressão combativa ao machismo e estímulo à inserção musical das mulheres. O desbravamento sonoro da cantora é herança do avô Heitor Villa-Chan, um dos criadores do bloco Pirilampos de Tejipió (citado na canção “Valores do Passado”, de Edgar Morais), com quem aprendeu a tocar bandolim em casa, aos 6 anos de idade. Em pouco mais de dois anos desde que decidiu se dedicar exclusivamente à carreira artística, Bia Villa-Chan acumula premiações e conquistas artísticas de expressão. Em 2018, a artista deu um dos mais importantes passos em sua carreira, quando gravou seu primeiro EP, intitulado “Pedacinho de Mim”, com o qual conquistou o troféu de Melhor Cantora de MPB no 10º Prêmio da Música Pernambucana.
O trabalho contava com seis faixas, sendo elas: a homônima “Pedacinho de Mim”, “A Viagem”, “Amálgama”, “Bossa Pra Bia”, “Perdida” e “Recife Nagô”. A obra teve direção musical de César Michiles e composições de Jota Michiles, Daniel Bruno, Marco Mirti e Antônio Siqueira Campos.
SERVIÇO
Bia Villa-Chan no show Conexão Recife - Salvador, com participações de Armandinho e Aroldo Macêdo
Onde: Teatro ISBA
Endereço: Av. Oceânica, 2717 - Ondina, Salvador - BA, 41950-000
Quando: 30 de novembro (sábado)
Horário: 20h
Quanto: R$ 40 e R$ 20 (meia), à venda na bilheteria e no site Ingresso Rápido (https://www.ingressorapido.com.br/event/33026-1/d/66040/s/343900)
Informações: 4009-3622
Foto Divulgação
Nenhum comentário:
Postar um comentário