O musical "Se Essa Lua Fosse Minha" está em cartaz
desde maio deste ano, no teatro do Núcleo Experimental, e cada vez mais vem
conquistando e emocionando o público de São Paulo, tendo quase todas as suas
sessões lotadas e se tornando sucesso absoluto entre os fãs do gênero.
A história, que mescla cantigas populares, brincadeiras de
roda e lendas antigas, é autoral e brasileira, escrita por Vitor Rocha em
parceria com Elton Towersey, responsável pelas músicas. Na direção do
espetáculo, está Victoria Ariante, que, com seu incrível trabalho, garantiu um
elenco perfeitamente entrosado e uma história simples, conduzida com leveza e
emoção, que prende a atenção da plateia do começo ao fim, como se todo o
público faz parte do espetáculo.
Victoria é natural de Santos/SP, graduada em Artes Cênicas
pela Escola Superior de Artes Célia Helena e em Teatro Musical pela 4Act
Performing Arts. Integra o Núcleo de Improviso Cênico orientado por Diogo
Granato, foi assistente de direção de "Pluft, O Fantasminha" da Cia.
Vila Teatro e, como atriz, atuou em montagens acadêmicas como "Nine",
com direção de Ricardo Marques, e Chicago, com direção de Tatiana Toyota, entre
outros trabalhos, como cover de Pepita no premiado espetáculo "Cargas
D'água - Um Musical de Bolso. Em "Se Essa Lua Fosse Minha" ela faz
seu primeiro trabalho de direção profissional.
Participou do Núcleo Dance e Site-Specific do Câmbio de
Imaginadores, supervisionado por Thiago Jansen e foi assistente de coreografia
de Mariana Barros e Clara Camargo em "As Asas do Vento" e na oficina
de montagem de "In The Heights", respectivamente. Em 2016 realizou
workshop em teatro musical no Pearl Studios (NY). Sua formação também inclui
canto com Rafael Villar e dança contemporânea e ballet clássico pela Royal
Academy of Dance.
"Se Essa Lua Fosse Minha" proporciona uma aventura
nova ao público, mas de um jeito que os faz se sentir "em casa". A
história é nova e original, mas usa a todo tempo do folclore brasileiro para
ser contada, fazendo com que tudo pareça familiar. O texto fala sobre a
importância dos sonhos, de querer e fazer o bem, em plantar o amor, fala sobre
o ódio e a liberdade. E para falar de tantas coisas universais, atemporais e
necessárias, ele usa da cultura e do povo brasileiro.
A peça conta a história de um povo saído de Terrarrosa,
província da Espanha, que navega pelo oceano em busca de um lugar para
construir um novo amanhã. Eis que lhe é apresentada a terra de Porto Leste, uma
ilha situada no encontro das águas quentes com as frias, mas para a surpresa de
todos a terra já está habitada por um outro povo. A diferença de crenças e
culturas faz com que uma divisão se torne indispensável e uma linha é riscada
no chão a fim de evitar a guerra.
Dois povos então passam a viver em conflito, de um lado fica
a destemida Leila e do outro o rebelde Iago. Quem é que faria um coração
respeitar uma linha riscada no chão? O encontro de almas se dá, mas o dos
corpos se torna cada vez mais raro pelo perigo de serem vistos juntos. A lua
escuta mais versos de amor do que os próprios amantes. Enquanto isso, da
Espanha, vem Belisa, predestinada a se casar com Iago, e da terra vem a flor do
alecrim, talvez a solução para ele. O lencinho branco cai no chão. O anel que
era de vidro e se quebra. Os pés virados para trás. Um canto que atrai os
homens. Pirulito que tanto bate. A história às vezes rima, às vezes ensina e às
vezes faz os dois ao mesmo tempo e sem dó, são dois coelhos numa cajadada só. É
contada assim de boca e acompanhada por pouco mais de um violão, o que parece
pouco, mas não é não. Afinal de nada vale tocar uma orquestra se não souber
tocar um coração.
Estão no elenco Alberto Venceslau, Danilo Martho, Davi
Tápias, Fábio Ventura, Fernando Lourenção, Larissa Carneiro, Letícia Soares,
Luci Salutes, Marisol Marcondes, Pier Marchi, Vitor Moresco e Vitor Rocha.
Todos sob direção cênica de Victoria Ariante. As coreografias do espetáculo são
de Alberto Venceslau e a preparação de elenco de Lenita Ponce.
Serviço
Teatro do Núcleo Experimental (Rua Barra Funda, 637. Barra
Funda. São Paulo/SP)
Terças e quartas, às 21h
Temporada até 10 de julho
Ingressos R$60,00 (inteira) e R$30,00 (meia)
Vendas pelo site Tudus.com ou na bilheteria do teatro 1h
antes de cada sessão
Classificação: 12 anos
Lotação: 60 lugares
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