Os principais problemas emocionais que podem acontecer no ambiente escolar são ansiedade, depressão, estresse, baixa autoestima e dificuldades de relacionamento. Luciana Hodges, coordenadora psicopedagógica na escola bilíngue ABA Maple Bear, explica que esses fatores afetam o desempenho acadêmico dos alunos e os adultos precisam estar atentos. “Buscamos observar as crianças periodicamente e também por demanda do professor ou coordenação, em atividades pedagógicas e momentos de interação diversos, para identificar aspectos individuais e em grupo que possam interferir no desenvolvimento e no processo de ensino-aprendizagem. Além disso, buscamos o cuidado e a assistência nessa escuta e orientamos os profissionais que fazem parte da escola”, explica.
Mudanças de comportamento
O sofrimento psíquico faz parte do dia-a-dia, pois o ser humano experimenta emoções “negativas” que podem surgir devido a crises, frustrações e perdas. O problema começa quando essas emoções afetam as atividades, gerando o adoecimento psíquico, que traz sinais como mudanças de padrões de comportamento, do sono, da alimentação e do rendimento escolar ou profissional, além de preocupações excessivas, irritação, apatia e tendência a se isolar das pessoas.
“Na escola, buscamos facilitar nos alunos a reflexão sobre projetos de vida, valores pessoais, conflitos interpessoais e tratar de temas pertinentes à fase de desenvolvimento que eles vivenciam. Outra forma de atuar é auxiliar no acolhimento e processo de adaptação escolar e na orientação de seus pais e/ou responsáveis nesse processo”, acrescenta Luciana.
Dinâmicas em sala
A depender da situação e do caso, as equipes de psicólogos devem atuar de forma interventiva ou preventiva. “Se a gente percebe que algumas necessitam, por exemplo, ampliar suas estratégias de resolução de problemas, podemos entrar em sala e fazer uma dinâmica, partindo de um tema geral, como amizade, ou trabalhar algo mais específico, por exemplo, e formas mais saudáveis de resolver conflitos (que não envolvam bater, por exemplo). Em alguns casos, é recomendável atuar com pequenos grupos ou, ainda, escutando um aluno individualmente, ou, ainda, recomendamos buscar uma primeira rede de apoio no grupo familiar e social mas, em casos mais profundos de adoecimento psíquico, é preciso procurar outro nível de suporte, que pode vir da escuta qualificada de profissionais de saúde”, conclui.
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