O mês de abril para muitos alunos do Colégio Plenus, em Petrolina, é sinônimo de descobertas, lazer e viagens. Isso porque um projeto, Zoom, incentiva os estudantes a saírem numa jornada de conhecimento. Um dos destinos mais procurados é a região do Pico do Papagaio, em Triunfo, onde está localizado o ponto mais alto do estado de Pernambuco.
A excursão deste ano ocorreu entre os dias 6 (sábado) e 8 (segunda-feira) e incluiu também um breve passeio à cidade de Serra Talhada, que sedia o Museu do Cangaço. No roteiro, constaram as visitas às furnas dos holandeses, à cacimba do João Neco, um tour por Triunfo, uma apresentação cultural do grupo Os Caretas, uma palestra com historiador da cidade e até um passeio de teleférico.
Rota turística que, segundo a coordenadora da viagem, Ildenice Nogueira, deve colaborar para a aprendizagem interdisciplinar e contextualizada sobre o Nordeste. “Durante a jornada, nossos estudantes, que são do 8º ano do Ensino Fundamental, podem ter um contato mais íntimo com as diferentes culturas e povos nordestinos, através de uma vivência in loco”, disse.
A educadora explica que posteriormente à viagem os estudantes produzem atividades relacionadas à Arte, História, Geografia, Química e Redação, mas ressalta que o mais importante foi o contato que eles tiveram com as expressões artístico-culturais como os Caretas de Triunfo, os cangaceiros do Museu do Cangaço ou até os relevos do Pico do Papagaio. “Os alunos adquirem experiências únicas, relatadas pelo próprio povo do local, através de suas próprias perspectivas, e isso consolida, e muito, o aprendizado que tiveram em sala de aula”, afirmou.
Relatos locais que aguçaram a curiosidade de Samuel Soares Giacomin, de 13 anos, novato no passeio. Até a excursão, inclusive, o rapaz jamais tinha subido uma serra ou conhecido um movimento cultural popular. Ambientes distintos que impressionaram o garoto. “Eu não escolheria um momento mais marcante, porque eu gostei de tudo. Aprendi muito na viagem toda. Só agora pude perceber como é rica a nossa cultura [nordestina]”, comentou.
Já a aluna Maria Fernanda Valentim, 13 anos, descreve bem o maior aprendizado que tirou do passeio. Sem muito conhecimento sobre o cangaço ou a vida de Virgulino Ferreira da Silva, vulgo Lampião, a menina diz ter mudado a maneira como vê tais fatos históricos. “Apesar de fazer parte da nossa cultura, eu não sabia muito da história de Lampião, e, com essa viagem, eu aprendi mais sobre o contexto em que ele viveu, porque ele era considerado um fora da lei e como ele morreu”, finalizou.
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