No dia 31 de maio, na sala de Concertos Radegundis Feitosa, nas dependências da UFPB, iniciando pontualmente às 20h, Marcos Andrade divide o palco com as participações especiais de: Ailma Ribeiro (cavaquinho), Léo Meira (guitarra elétrica), Pedro Pablo (sanfona), Ricardo Brito (piano acústico) e Katracowisk Buarque (violão de 6 cordas).
Sendo acompanhado na maior parte do recital pelos músicos Hermeson Cardoso (percussão e efeitos), Thiago Jorge (bateria), Isaac Santos (sax tenor e flauta transversal), Jean Fidelis (piano), Rainere Travassos (baixo elétrico), Eduardo Fiorussi (Violão de seis e sete cordas) e Vinícius de Lucena (Violão de 7 cordas e cavaquinho). Marcos Andrade afirma que o destino tem sido generoso com ele, pois em sua caminhada musical, conheceu grandes músicos e amigos.
O repertório é composto 50% de composições de Waldir Azevedo, sendo complementando com outros compositores como: Zequinha de Abreu, Hermeto Pascoal, Tom Jobim e outros dois compositores o qual tem a maior admiração. O paraibano Ricardo Brito e o baiano Messias Brito.
Com uma nova roupagem nas músicas a serem executadas, o Recital de Conclusão de Curso será produzido e dirigido pelo próprio músico/instrumentista. Segundo Marcos Andrade, as adaptações, transcrições e principalmente os arranjos é um processo de construção da música que requer cuidados específicos.
Tendo o cavaquinho como sua principal fonte de inspirações e ideias, além do samba como referência, o mesmo tem como principal fonte sonora a Música Popular Brasileira, o fascínio e envolvimento com essa herança musical lhe despertou um desejo em transitar por diversos gêneros musicais da tradição cultural regional. Nesta noite o público ouvirá desde o choro, samba, bossa nova, frevo, maracatu, xaxado, baião, axé, vanerão, rasqueado até gêneros musicais de outros continentes como a valsa, salsa, tango, jazz, funk e dance.
Marcos Andrade trará para o recital uma diversidade de instrumentos musicais. No primeiro momento, a formação será um percussionista, baterista, dois violonistas sendo um de 6 e outro 7 cordas, saxofone – em outros momentos flauta –, baixo elétrico e piano eletrônico, e o próprio cavaquinho como instrumento solo.
No decorrer do recital outras formações virão com participações especiais na sanfona, guitarra elétrica, piano acústico e um sexteto com: três cavaquinhos, dois violões e um percussionista. A sua identidade musical com a MPB o permite agregar com tranquilidade as mais diferentes formações, consolidando assim, uma maneira de transmitir uma variedade de timbres e emoções.
Marcos Andrade em alguns momentos do recital tocará apenas o seu cavaquinho, fazendo dele próprio, seu instrumento de acompanhamento. Essa técnica conhecida no meio musical como (chord melody) ou até mesmo polifonia, vem sendo explorado cada vez mais pelos músicos do mundo todo.
Revelando uma profunda intimidade com o seu instrumento cavaquinho, criando e recriando na forma de tocar o seu cavaquinho, nesta noite, suas interpretações performáticas procura remodelar cada música que será tocada, procurando transmitir emoções com seu cavaquinho e colocando a virtuosidade a serventia do sentimento.
Como temática do recital, “Minhas Mãos Meu Cavaquinho”, Marcos Andrade busca explorar de forma diferente e inovadora as potencialidades desse pequeno cordofone, focada na beleza e na espontaneidade. Seja no som contemporâneo ou ancestral, fazendo com que esses dois se completem na “ponta dos dedos”.
BIOGRAFIA
Marcos Antônio da Silva Andrade nasceu em 11 de março de 1981, na cidade de João Pessoa-PB. Conhecido no meio artístico por “Té”, apelido herdado da sua tia. Nos ensaios que aconteciam da Escola de Samba próximo a sua casa, se encantou com o som percussivo daquela bateria. Marcos, aos dois anos de idade, precocemente, dá o seu primeiro passo no universo musical. Seus primos, principais incentivadores, ao adaptarem um repinique – instrumento de percussão – perceberam sua propensão para música.
Durante sua trajetória musical, como autodidata aprendeu outros instrumentos como o violão, teclado e outros percussivos. Em 1997, no trompete, cursou extensão na Universidade Federal da Paraíba – UFPB, onde aperfeiçoou o seu conhecimento musical. Nesse mesmo ano esteve a frente como regente da banda marcial da E.E.E.F.M. Prof. Raul Cordula. Não se considerando multi-instrumentista, a partir de 1999, adotou o cavaquinho como seu instrumento principal. Seis meses depois, se apresentava em bares, casas noturnas e festas com grupos e cantores (as) de samba, choro e forró da sua cidade, atuação que acontece até hoje.
Marcos Andrade tem realizado vários trabalhos no cenário musical de João Pessoa, enquanto músico instrumentista. Dentre estes trabalhos, se destacam: gravações de Cd’s e Dvd’s com artistas locais; produções e direções musicais de cantores solos; além de acompanhar no cavaquinho artistas importantes no cenário do samba nacional. Para aperfeiçoar suas habilidades, em novembro de 2012, decide prestar vestibular para o curso de música na UFPB.
Em 2013.1, ingressou no curso de graduação em música. No semestre em questão (2017), pretende-se a obtenção do título de graduado, sendo o primeiro licenciado em práticas interpretativas com habilitação em cavaquinho no Brasil.
Grande Marcos. Parabéns pela conquista, vc merecem um abraço do blogueiro Santyago Silva
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