Uma pesquisa realizada pela Universidade Chiba, no Japão, reuniu 168 voluntários, colocando metade em uma floresta e outra para andar em centros urbanos. O resultado? As pessoas que tiveram contato com a natureza apresentaram, em geral, uma diminuição de 16% no cortisol, que é o hormônio do estresse, 4% na frequência cardíaca e 2% na pressão arterial, do que as pessoas que caminharam pelos centros urbanos. Já um estudo feito pela Green Building Canadá, indica que utilizar a sustentabilidade em condomínios reduz a possibilidade de contrair doenças e desenvolver alergias, além de contribuir para o meio ambiente.
“Esse tipo de design consiste na integração inteligente de estratégias passivas que utilizam recursos naturais disponíveis, como a luz solar, a ventilação natural e o sombreamento, contribuindo com a sustentabilidade”, explica João Lobato, arquiteto e urbanista da Growt, startup focada em projetos e engenharia.
O principal aspecto da arquitetura bioclimática, segundo o especialista, é a relação com os fatores climáticos e com o que a natureza oferece de maneira gratuita e genuína, de acordo com a localização geográfica. “A ideia é que essas medidas garantam mais conforto às pessoas”, completa.
Mas afinal, o que é design bioclimático?
Os projetos bioclimáticos devem estar de acordo com as características do local da construção, antecipando todas as ações naturais que possam ajudar ou prejudicar a adaptação dos moradores ou frequentadores desse ambiente.
“O design bioclimático possui quatro características fundamentais: projetar espaço saudável para as pessoas, garantindo qualidade de vida, uso inteligente do que a natureza oferece no intuito de diminuir o consumo de energias não renováveis ou poluentes, uso de fontes renováveis de energia com escolha de materiais que não agridam o meio ambiente e a diminuição de desperdício diminuindo a geração de lixo”, explica ele.
Benefícios
O design bioclimático é uma forma eficaz de alinhar a arquitetura com as necessidades do meio ambiente. Ele não apenas cria edifícios mais eficientes em termos energéticos, mas também melhora o conforto, segundo o arquiteto. “O design bioclimático não se limita apenas a edifícios novos, mas também pode ser aplicado a reformas e adaptações de construções já existentes. Ele se adapta a diferentes contextos, desde regiões com climas quentes até áreas com invernos rigorosos”, completa.
A utilização dessa estratégia pode reduzir os custos operacionais a longo prazo, como os gastos com aquecimento, refrigeração e iluminação artificial, resultando em economias significativas ao longo da vida útil do edifício.
Sobre a GrowT - Foi fundada em 2019 com foco em soluções inovadoras e personalizadas dentro do mercado de construção civil. Atualmente, a empresa comandada por Rafael Forato, João Lobato e Takeshi Moriyama se dedica em incorporações e prestação de serviços obras e projetos, além da elaboração de projetos de arquitetura desde a concepção até o projeto executivo, coordenação e compatibilização dos projetos complementares através da metodologia BIM (Building Information Modeling).
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