A pauta principal foi a escolha das prioridades para a agenda estratégica de 2024, com vistas à construção de um mapa da rota para o desenvolvimento de uma Bioeconomia Tropical Sustentável, Saudável e Inclusiva.
Diego Arias – Gerente de Alimentação e Agricultura do Banco Mundial para América Latina e Caribe -, reforçou o apoio do Banco à visão sistêmica defendida pelo Fórum do futuro, construída em parceria com a instituição já há quase uma década: “Com debates como esse proposto pelo Fórum do Futuro e que tem o nosso incondicional apoio e com base na nossa visão de investimentos no Brasil, sabemos que o país está no centro, se tornando exemplo, um modelo de Nação que deu certo e que é destaque no tema da Bioeconomia Tropical Sustentável”.
Para Sebastião Pedro, chefe-geral do núcleo de Cerrados da Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuária (Embrapa), é preciso enaltecer debates que colocam a agropecuária no centro: “É preciso reconhecer eventos que tratem do futuro do nosso país dentro do escopo do agro e sentimos a obrigação de apoiar, colaborar com as pesquisas cientificas”.
A busca por uma agricultura cada vez mais produtiva, resiliente, inclusiva e sustentável tem estado na agenda de prioridades de muitas instituições e de acordo com a Coordenadora Técnica do IICA Brasil, Cristina Costa, o país é um exemplo a ser seguido: “É preciso aproveitar o histórico, a experiência do Brasil na agricultura tropical com suas tecnologias para outros países, valorizando a contribuição de instituições de pesquisas. É importante também, adotarmos uma abordagem transversal para todos os desafios, pensar e definir modelos de produção mais sustentáveis”.
Segundo o ex-ministro da Agricultura do Governo Lula, Roberto Rodrigues, o Brasil assume um lugar de destaque no agro: “O líder absoluto do agro tropical é o Brasil com uma agricultura sustentável, exemplar e protagonista da segurança alimentar global” Roberto Rodrigues ressaltou que a potencialidade da redução da desigualdade social via disseminação do acesso a energias renováveis, com um meio ambiente funcionando corretamente.
Durante o encontro, a pauta da inserção da juventude no agro e na sustentabilidade foi abordada pela oficial de Comunicação da FAO, Aline Czezack, representando o diálogo com os jovens. “Engajar os jovens é um desafio possível de ser vencido em duas frentes principais: a mudança de comportamento alimentar, o novo estilo de vida e aproximação, o diálogo com o jovem rural: o futuro exige dos jovens a capacitação e o nosso apoio”.
Para o Gerente Adjunto na Unidade de Competitividade do SEBRAE Nacional, Carlos Eduardo Santiago é preciso dar uma atenção maior aos produtores de pequenas propriedades que correspondem a 77% do universo brasileiro., com foco na agenda de sustentabilidade “O Sebrae criou a figura dos Agentes Locais de Inovação, unindo esforços para apoiar esses produtores e com isso, conseguimos ampliar o nosso atendimento e capacitação para mais de um milhão e 200 mil produtores atendidos.
Participaram do debate o Presidente do Instituto Fórum do Futuro. Emiliano Botelho; Gustavo Chianca, representando a FAO; os Coselheiros Paulo Haddad – Ex-Ministro da Fazenda e do Planejamento no governo Itamar; Evaldo Vilela –Ex-Presidente do CNPQ e Reitor de Viçosa; José Siqueira, Academia Brasileira e Ciências e Produtor Rural; Cesar Borges – Empresário ligado à Tecnologia e a Inovação; Paulo Piau – Ex-prefeito de Uberaba, ex-deputado federal que participou ativamente da redação do código florestal brasileiro, além de Fernanda Oliveira Góes – Professora do Instituto Federal de Rondônia e deMário Salimon. especialista em Gestão Estratégica com larga experiência em organismos internacionais e profissionais de comunicação e demais Conselheiros do Fórum do Futuro que estão presentes em todo o país.
“Na prática, vimos que os objetivos globais do desenvolvimento sustentável previstos para 2030 não serão alcançados; que os recursos naturais são sistemas, e, portanto, não dialogam com ações fragmentadas; e que no Brasil real, materializar sonhos com base em planejamento é um desafio estratégico, cultural e corporativo, mas, agora, finalmente, estamos todos juntos, fazendo o futuro chegar”, concluiu o Diretor Executivo do Fórum do Futuro, Fernando Barros.
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