Todas as letras tratam-se de temas pessoais de Amandha Ribaski (fundadora da Amphettamine), seguindo uma temática obscura e cotidiana, buscando ser o mais real e sincera possível, com o instrumental seguindo as nuances. O álbum contou com algumas participações de músicos convidados e foi produzido no estúdio “Funds House” em Curitiba-PR, sendo lançando pelo selo Electric Funeral.
Records. “De: Compondo”: https://onerpm.link/759943127438
Para que você mergulhe mais fundo nesse disco, vale conferir um pouco mais sobre cada canção a partir das palavras de Amphettamine nesse faixa a faixa que apresentamos abaixo.
"Decompondo (Intro)": A introdução que carrega o nome do álbum, foi criada com um intuito "anti-musica" no aspecto técnico, onde podemos observar notas desordenadas e sem coerência, porém criando uma melodia que é possível ser admirada por quem interpreta de forma menos racional e com os sentidos, fazendo uma alusão a como cada pessoa interpreta e sente o mundo. Seria também, a perfeição do imperfeito, o decompor da alma com todos os traumas e dores, para a realização de algo bonito e artístico.
"Push me": Nesta canção, foram abordados temas como "ação e reação", ou seja, tudo o que você faz tem uma consequência, seja ela para coisas boas ou ruins, e como a sociedade caminha cada vez mais para um mundo de futilidades onde parece que nada mais vale a pena ser vivido.
"LavAdore": tem esse título da junção de "adorar" e "lava", ou seja, adorar tudo aquilo que é "quente", especialmente em relação aos sentimentos, fazendo aversão à frieza e a indiferença.
"Hellish Paradise": Nesta faixa, a temática se atém ao meio ambiente e à estupidez humana, que destrói o que temos de mais precioso que é o nosso planeta, transformando-o em um paraíso infernal.
"In Despair": Provavelmente "In Despair" seja a faixa mais pessoal de todo o álbum. Fala sobre traumas e problemas psicológicos como depressão, síndrome do pânico e suicídio, bem como a sensação de invalidez e impotência quando se é dopado por antidepressivos/ansiolíticos.
"Daughter": Como o nome sugere, "Daughter" se trata de uma filha da nossa sociedade doentia e problemática com base em uma cultura machista e patriarcal, bem como todo esse impacto negativo é levado por gerações no âmbito familiar e normalizado no cotidiano da maioria das pessoas que seguem esses comportamentos tóxicos até de forma involuntária.
"Never Gonna be a Boy": Essa faixa fala sobre ser criada por um pai machista e opressor, que sonha em ter um filho homem para satisfazer seus anseios e expectativas.
"Yellow Eyes": Trata-se de uma música de "luto". Sendo uma homenagem à Kiara, uma gata de olhos amarelos que foi muito amada e recíproca.
"Above Heaven": É uma crítica sobre religiões, dando ênfase a ciência e ao lado cético das coisas, onde não temos salvador nem punidor, apenas coexistimos com tudo o que há no universo, nossos sentimentos e angústias.
"Past": aborda temas como a imortalidade baseada na lembrança. Também é abordado o medo da morte das pessoas que amamos e o sentimento do luto.
"Amphettamine": Esta é a única música que não é de abordagem pessoal, pois se trata de um diálogo entre a substância anfetamina, com o seu usuário. Também foi feita uma comparação entre o efeito da substância com a sensação de uma crise de pânico.
"Rock Doesn’t Roll": Nesta canção, o tema principal é sobre um pai ausente e negligente que se sustenta em falsas morais, e tenta se aproximar novamente de sua filha, causando mais danos psicológicos.
"Constellation Skin": É a única música que não tem uma temática negativa, pois se trata de uma canção de amor. No final desta canção, temos um instrumental que se une com a introdução, tornando assim o álbum um loop infinito.
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